CAPITULO 30 - ACAMPAMENTO

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Era o primeiro dia de acampamento em que Bruno havia concordado em participar para que Lana voltasse a fornecer seus serviços como babá. Bruno convenceu seus dois amigos a irem com ele, que concordaram, apenas para poder fazer bagunça.

Na hora de levantar, Bruno acordou com soquinhos de Pedro em suas costas e quando olhou para o celular ainda eram seis horas da manhã. Suas pálpebras estavam grudando, seus olhos inchados e havia uma turma de outros meninos, que estavam servindo no acampamento, andando pelo alojamento cantando músicas de animação para acordar os meninos.

— Caralho vei, muito cedo — expressou Bruno.

— Bruno, você que inventou isso — disse Gael, no beliche de cima.

Pedro sentou na cama ao lado de Bruno, na qual havia dormido, e disse:

— Como que vamos bagunçar aqui se esses meninos certinhos não saem do nosso lado nenhum segundo?

— Não sei. Só sei que três dias. Três dias e acabou — comentou Bruno, com voz de sono, calçando sua chinela.

Os organizadores do evento não paravam de orientá-los a se vestirem para a missa, e que evitassem camisetas regatas e bermudas na medida do possível. Visto que os amigos já tinham se vestido, Bruno seguiu ao vestuário, molhou-se rapidamente no chuveiro, vestiu uma calça jeans e uma blusa preta de mangas curtas.

No imenso refeitório em que eles foram ter café da manhã, Bruno encontrou-se, casualmente, com Lana, perto do stand da livraria. Lana vestia um colete vermelho por cima da blusa preta, além disso também véstia uma sai midi jeans, levemente rodada, e um vans vermelho-escuro, que se aproximava da cor do colete. Para Bruno, era um outfit para lá de brega. Ele considerava existir outras roupas no mundo que realçassem melhor a beleza do corpo feminino. Saia jeans midi que não marcavam as coxas da menina, não estava no catálogo de atração de Bruno. Ainda assim, as marcas de expressão do rosto de Lana ainda eram das mais encantadoras que Bruno já vira, se a apenas Lana não fosse tão religiosa...

— Já se juntou com seu grupo? — Lana iniciou o bate-papo.

— Que grupo? — perguntou confuso.

— Está vendo essa pulseira em você? — ela perguntou e Bruno imediatamente mirou em seu pulso esquerdo. — Ela é uma parte que cresce no seu corpo quando você vem pra um acampamento religioso, é um dos primeiros sinais de conversão.

Bruno se assustou por alguns segundos, tinha tanta resistência às coisas religiosas, que quase cogitou acreditar, mas soltou uma meia risada em poucos segundos.

— Isso significa que você tem um grupo, você está no grupo de Santo Agostinho, cor azul — continuou Lana. — Em que mundo você estava quando colocaram a pulseira em você?

— Certamente não nesse — disse Bruno, se referindo a ter fumado uma certa quantidade de maconha logo antes de ir.

— Consigo perceber — disse ela.

Bruno e Lana se entreolharam por um momento, ao passo que, em um segundo, ela desviou o olhar e abriu um sorriso no rosto que Bruno nunca, nunca vira.

— Oi, tudo bem? — um rapaz cumprimentou Lana e abraçou-a respeitosamente.

— Sim, está animado pra hoje? — O tom de voz de Lana era definitivamente outro, amistoso. — Está servindo em quê?

— Sim, sempre animado! Sou o líder do grupo Santo Agostinho e você? — respondeu ele.

— Legal! Já leva seu liderando. — Lana aponta para Bruno. — Estou como serva de seminário.

O coração de Bruno acelerou, ao mesmo tempo que ele franziu o cenho, era evidente o desconcerto dele diante do menino. Sem contar que eles estavam falando em grego para ele.

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⏰ Última atualização: Sep 16 ⏰

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