cap 15

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Eu sou uma pessoa de pouca sorte mas tenho sorte.
O Tom me ama...eu acho, para mim ele ainda não entende muito do amor.
Ele tem sentimentos, eu sei...mas ele não demostra.
Esse filho que eu carrego é dele mas eu não queria. Provavelmente o bebê morreu com a facada.
Sinto uma culpa me invadindo, como posso ser chamada de mãe sendo um completo monstro.
Em toda minha vida nunca imaginei que eu iria matar alguém.
Isso não é só culpa do Tom... é culpa minha também, eu deveria ter chamado a polícia no mesmo dia em que Tom falou coisas estranhas para mim como "você é minha."
Mas eu sou tão burra que deixei passar e ainda me apaixonei por ele.
Minha vida está bem ferrada.
Eu queria ter conhecido ele de uma forma diferente.
Mas eu fui corroída por um monstro.
E o monstro vive em mim..

Tom: Luany?

A sua voz adentra em meus ouvidos me fazendo abrir os olhos lentamente. Olho para o mesmo que estava sentado na maca. Eu olhei em volta percebendo finalmente que eu estava em um hospital. Meus olhos estavam ardendo e parecia queimar. Um som agudo adentra nos meus ouvidos e me fazendo grunhir.
Eu levantei um pouco para ver meu corpo, e estava intacto.

Tom: se sente bem?

-não..

Tom: oque você está sentindo?

-falta de algo...

Tom: realmente..

Uma lágrima corre pelo rosto do Tom me fazendo ficar com medo...do que estamos falando exatamente?

-por quanto tempo eu estou aqui?!

Tom: dois meses, Luany.

-dois...

Eu lembrei do bebê, e olhei para minha barriga que estava vazia sem aparência de gravidez.

-meu filho...

Tom: nosso filho...morreu

Quando ele falou "nosso", ele falou mais grave.

Eu encarava ele nos olhos, e ele chorava como nunca antes, eu sentia que não era apenas o bebê..tinha mais alguma coisa que estava encomendado o mesmo.
Eu comecei a chorar pensando na merda que eu havia feito, eu matei o bebê...
Tom me encarava com uma decepção no olhar e uma tristeza imensa. Ele olha para baixo com uma cara cabisbaixa e meio tensa. Percebi seu nervosismo e peguei em sua mão atraindo o seu olhar para o meu.

- Tom...você tem mais alguma coisa para me falar?

Tom: não.

Percebi que ele havia mentido mas deixei. Ele tava muito triste esse não é o seu normal.

-ok..

A médica entra na sala me fazendo encara lá. Logo ela olhou para Tom e chamou ele com o dedo para conversarem no privado. A cara dela era meio maliciosa e sei lá... O Tom parecia...
Ah deixa.
Eles conversavam fora da sala e sorriam, pareciam um casal... Tom estava com as mãos no bolso e ia se inclinando para chegar mais perto daquela mulher.

...

Na casa do Tom.
Eu estava dormindo no sofá enquanto Tom andava para lá e para cá fazendo sei lá oque. Bill aparece e vem até mim me fazendo despertar.

Bill: como se sente?

-to melhor. Só que ..

Pensei em perguntar quem era a mulher que estava conversando com o Tom como se fossem um casal, mas não tive coragem o suficiente.

Bill: só que?

-nada.

Bill: ok...

Bill saiu dali e eu voltei a dormir. Eu só ouvia a correria do Tom pra lá e pra cá, fazendo o serviço da casa. Tom parava por um minuto e me encarava dormir.
Ele me olhava com um brilho nos olhos e depois seu olhar mudou para um olhar amoroso e carinhoso, coisa que Tom nunca foi.

Tom: Luany.

Ele me chama me fazendo despertar assustada.

Tom: quer comer algo?

-sim.

Ele vai até o armário e pega um pote com branco. Ele vai até a gaveta e pega duas colheres, depois ele vem até mim e se senta ao meu lado, bem grudado.

Tom: pega.

Ele me estendeu uma colher e eu peguei, ele abriu o pote. Era sorvete, de baunilha, chocolate e morango.

Tom: come.

Ele colocou o pote mais perto de mim e eu peguei um pouco do sorvete e comi.

Bill: Tom... Charlie vai vim aqui.

Tom: pra que?!

Bill: ele quer conversar com a gente Tom! Nada demais!

Tom: você sabe muito bem que não pode trazer as pessoas para cá assim, com a maior confiança neles!!!

Bill: mas por que?! Ele não vai matar a gente se ele vim fazer uma visitinha!

Tom: porra!!! Você expõe a localização da casa, e isso só dá um prejuízo dos caras saber aonde moramos!!!!

Bill: Tom é só uma visitinha! Relaxa vai!

Tom tenta se acalmar mas não dá muito certo, ele estava muito bravo com Bill.
Eu coloquei a mão no seu braço e fiz ele se acalmar. Ele voltou a comer junto comigo e nós olhamos alguns filmes até que a campainha toca.

Tom: vai lá atender, Bill!!

Ele falou em um tom meio rude e Bill foi atender. Quando Bill abre a porta vejo um homem alto e atraente, ele usava óculos e me lembrou muito um dark romance que eu li.
Arregalo os olhos olhos ao perceber o seu tamanho, Tom me encara meio bravo.
O homem entra e seus olhos concentram nos meus fazendo contato visual. O Tom encara até a alma dele fazendo ele olhar para baixo.

Bill: entra Charlie!

O Charlie entrava e continuava olhando para baixo. Bill encara Tom bravo.

Charlie: ola.

- o-

Tom: oi!!

Tom me interrompe me fazendo bufar.
Charlie vem até mim e estende a mão, eu fui apertar a mão dele e Tom empurra minha mão e aperta a mão do Charlie com muita força fazendo ele se contorcer um pouco, Tom sorri de forma satisfeita para Charlie como se fosse um prazer quase quebrar a mão dele.

Charlie: aí CARALHO!!!

Tom: aii calaio!

Tom imita Charlie com um tom de deboche e com uma voz fininha.

- Tom!

Tom me encara com uma cara de quem vai me matar mas eu não recuo.

°oiii gente!!  Por favor me perdoem por eu ter sumido.

°15, será que vai ter algo inesperado aí? 👀👀

Eu Duvido Que Seja Assassina.Onde histórias criam vida. Descubra agora