#1 Blue e Rédi

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Em um radiante dia na cidade de Candeias, na Bahia, Rédi, um jovem indígena com o rosto marcado pela preocupação e fadiga, corria apressado pela calçada de paralelepípedo

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Em um radiante dia na cidade de Candeias, na Bahia, Rédi, um jovem indígena com o rosto marcado pela preocupação e fadiga, corria apressado pela calçada de paralelepípedo. À sua direita, estendia-se um grande muro com a pintura desgastada e manchada pelo tempo, contrastando com o brilho intenso do sol que iluminava tudo ao redor. O sol brilhava intensamente, refletindo na camiseta laranja de Rédi, enquanto seus passos apressados ecoavam e ele sentia o vento quente contra o rosto.

De repente, ele escorregou em uma pedra solta, e a cena se desenrolou em câmera lenta: Rédi se viu caindo igual a um saco de bosta bem em frente ao portão da escola. O impacto foi seguido pelo som de risadas ecoando ao seu redor, enquanto os alunos na calçada se divertiam com a cena. Mas Rédi, com a dignidade que lhe restava, levantou-se rapidamente, deu um sorriso desafiador e ajustou sua touca vermelha com determinação.

À medida que a imponente porta de ferro da escola se abriu com um rangido assustador, uma multidão de estudantes começou a se formar. Todos se apressavam para inserir seus números ou passar o cartão de acesso na catraca, enquanto Rédi enfiava a mão na mochila surrada. Para seu desespero, só encontrou um caderno, uma caneta e uma caixa misteriosa. Com o coração disparado, ele olhou ao redor e avistou Blue, um jovem pardo com o cabelo azul vibrante, vestido com o uniforme escolar. Blue, percebendo a presença de Rédi, acenou de longe antes de passar pela porta de vidro. Rédi, aliviado, sorriu e gritou.


— Blue, sacaninha, passa o cartão aqui! — gritou. Então o sacaninha joga o cartão e Rédi pega no ar e passa pela catraca.


Rédi estendeu o punho, e Blue respondeu com um soquinho, devolvendo-lhe o cartão com um sorriso. Com um empurrão na porta de vidro, ambos adentraram a escola, sendo imediatamente recebidos pelo gélido ar-condicionado, que fez Rédi estremecer. Blue, por outro lado, estava bem agasalhado em seu casaco laranja que exibia, com orgulho, a sigla CENSC dentro de um círculo.

À esquerda da porta de entrada, havia um balcão de atendimento onde uma funcionária, com ar cansado, lidava com um amontoado de papéis. À direita, uma entrada para a diretoria, que parecia imponente e intimidante. Mais à direita do balcão, cadeiras de plástico onde os alunos estavam sentados, conversando animadamente. Em linha reta, na entrada da porta de vidro, havia uma passagem com vista para a quadra de esportes, onde alunos jogavam bola. À esquerda da porta que levava à quadra, havia um grande corredor com salas dos dois lados. O lugar era fechado, com luzes brancas no teto que lançavam um brilho frio nas paredes de cor azul, criando um ambiente que parecia engolir a vitalidade dos estudantes.

Blue e Rédi caminham pelo corredor, o som dos seus passos ecoando levemente no piso de cerâmica. Passam por quatro portas antes de entrarem na sala. Ao entrarem, decidem ocupar o lado direito, que possui uma grande janela de vidro com vista para as flores do jardim, um pequeno oásis de cor e vida do lado de dentro do muro. O sol brilha através da janela, trazendo um pouco de vida ao espaço frio e artificialmente iluminado. As cadeiras da sala, separadas das mesas, algumas estão em bom estado, mas outras, ainda cumprem a sua função.

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