#26 Bruno vs Vinicius(Ato 1)

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Bruno respira fundo, ajustando o casaco pesado que gruda em seus ombros como uma âncora

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Bruno respira fundo, ajustando o casaco pesado que gruda em seus ombros como uma âncora. O campo florido ao seu redor é uma visão que contrasta com a tensão do momento: margaridas balançam suavemente ao vento, o céu é um azul pálido que deveria transmitir calma, mas ele só consegue ouvir o sangue pulsando em suas têmporas. À sua frente, Iara está imóvel, mas seus olhos brilham e o seu corpo também com uma determinação quase sobrenatural. 

Blue coloca Lux no punho e avança, seus passos afundando levemente na grama macia. Ele lança um soco rápido, mas Iara é ágil demais. Ela desliza como se fosse parte do vento, desviando e revidando com um chute certeiro na lateral de sua costela. Bruno tropeça, sentindo o impacto reverberar como um trovão em seu corpo, mas mantém-se em pé. O casaco começa a pesar mais a cada movimento. Ele tenta um golpe baixo, mirando o equilíbrio de Iara, mas ela pula, girando no ar e acertando um soco direto no centro do peito de Bruno. O impacto o faz recuar, seus joelhos dobrando involuntariamente. Ele cai na grama, a sensação das flores esmagadas sob seu peso é a última coisa em sua mente enquanto inspira com dificuldade, o casaco agora se sentindo como uma prisão. Iara para, observando-o. 

Bruno fecha os olhos por um segundo, deixando a memórias da sua luta contra Vinicius cruzar sua mente como um raio. "Não agora", ele murmura para si mesmo. Finca os punhos no chão e se impulsiona para cima. A grama cede sob a força de suas mãos, e ele se ergue como uma montanha que se recusa a ser demolida. Seu olhar encontra o de Iara que pergunta:


— Bah, de onde veio essa motivação toda, guri?

Bruno, com um sorriso cansado, mas determinado, responde com sinceridade, sem hesitar:

— Não quero ficar pra trás, quero proteger a Ariel e meus amigos, e ficar no chão não vai resolver nada.


Essas palavras reverberam em seu interior como uma promessa silenciosa, um compromisso com sua força e seus ideais. O casaco, o suor, a dor – tudo isso se torna insignificante diante do que realmente importa. Bruno se empenha ainda mais, seus pés batendo no chão com mais firmeza, e os seus socos ainda mais fortes, ele sente uma chama se acender dentro de si. Ele não vai parar. Não importa o quanto seja difícil. Ele ira cumprir a promessa que fez a si.


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