O vampiro refere-se a um um amor caótico e sedento de paixão, com fome de atenção.
Ele chegou de mansinho, inocentemente, mas sempre em busca de aventura.
Quando chegou, o homem estava bem melhor desde a partida do girassol, mas já não havia tantos sentimentos, pois eles estavam morrendo cada vez mais.
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Em uma tarde, em um parque, uma mulher via crianças brincarem de sua janela. Sua beleza era exótica, mas deslumbrante.
Ela cantava alegremente, até observar o homem charmoso sentado no banco.
Ao vê-lo, ficou encantada - não por sua beleza, mas por algo que via em seus olhos, mas não sabia dizer o que era - ficou hipnotizada.
Ele parecia ser muito amável aos olhos dela, o que a fez tomar coragem para ir até ele. Mas, o que realmente a fez ir até lá, foi o estado em que ele se encontrava, em melancolia completa.
"É uma tarde bonita, não é, senhor?" Ela se senta ao seu lado, tímida.
"Sim."
"O sol está lindo!"
" Está me incomodando." Responde seco.
A mulher, neste momento, percebe que o homem não é tão gentil e amável quanto parecia.
"O senhor está irritado?"
"Não, apenas cansado."
Ela não desiste de tentar conversar com o homem, tentando, várias vezes, puxar assunto, mas ele sempre a tratava da mesma forma.
Ao ver que aquele homem não tinha nem um pingo de interesse e de amor, ela desistiu, mas ficou sentada por um tempo admirando o anoitecer.
A noite chegou, e o homem, ainda sentado ao lado dela, reparou em seu olhar. Sua delicadeza era magnifica!
Viu, então, crianças procurarem pela mulher. Ela atendia cada uma, com uma ternura inexplicável.
Nesse momento, enquanto a observava sorrir e conversar com as crianças, percebeu o seu jeito dócil.
"Tens muito talento com crianças."
Sem graça, ela apenas sorriu.
"Gosto mais do tempo assim, fresco. Hoje de tarde fazia muito sol."
" É.." Diz, tentando fugir da conversa.
"Você frequenta muito esse parque?"
"Sim."
"Mora por aqui?"
"Ali." Aponta para a sua casa.
"Costuma conversar com as crianças daqui?"
ela assente.
De fato, sentia dó do homem, mas ele precisava forçar um sorriso para parecer ter algum tipo de sentimento, e isso a deixava desinteressada.
"Quer tomar um chá?"
"Perdão, mas tenho que ir." Diz, com o coração nas mãos.
O homem, se sentindo rejeitado mais uma vez, se sente mal.
Ele não entedia o porquê ela tinha que ir também, mas tinha certeza que parte disso era culpa sua e do seu maldito coração.
Ela sorri e se vai, sem olhar para trás enquanto ele a observa.
Sua alma é deslumbrante
para quem sabe se banhar,
mas infelizmente, já não consigo
lhe amar, o amor que tu merece,
já não consigo dar.
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Os Monstros do meu Lar
PoetryEssa obra é um conjunto de poesias sobre um homem de rotina comum, vida comum, aparência comum, mas um lar muito extraordinário. Nessa jornada iremos acompanhar um homem fardo de viver a mesma vida todos os dias sem o seu girassol. Fardo de ter se...