Palavras-chave deste capitulo:
Lar=coração.
Vampiro=Uma mulher muito amável.
Sangue=Amor.
Chá=As migalhas de afeto que o homem tem a oferecer.
Monstros=Refere-se a qualquer paixão ou possível paixão vinda depois do girassol.
E aqui estou eu novamente. Às 23:30, chegando do trabalho.
(Continuo em minha rotina desgastante e sem aventura.)
Mas desta vez, a noite é quente, mesmo que haja vento, sopra como uma chama ardente.
(As coisas estão voltando quase ao normal, não sinto tanta falta do meu girassol, pelo menos não ao ponto de passar mal.)
Chego em casa de mansinho, sorridente, tão inofensivo como um ursinho.
Quando acendo a luz, ouço alguém gritar.
"Ah! Por favor! Apague isto. Já não basta o calor?"
Penso em me desculpar, mas apenas obedeço, sem reclamar."Quem é você?" Digo, mas acho que já sei o que irá me dizer.
"Não vê?" Parece curioso.
"Não. Mandou-me apagar a luz, não consegue se lembrar?"
Ele dá uma gargalhada ao dizer: "Sou um vampiro, ora, pequeno ser. Ou não vistes o meu ver?"
Rio com ele, mesmo sem entender. Sinto então a necessidade de fazê-lo ficar, talvez eu devesse chamá-lo para jantar.
Abro um sorriso ao me expressar, quase acendo a luz sem pensar: "Sente-se, nós podemos conversar. Pode me contar como chegou aqui, se não se incomodar?" A esperança toma conta do meu olhar.
(...Pode me dizer como me encontrou e entrou no meu coração e na minha mente?)
Ele suspira.
"Não estou afim de relaxar. O fantasma me disse que aqui seria, para mim, um belo lar." Revira os olhos com desdém.
(...Ouvi dizer, ou talvez eu mesma tenha percebido, que você parece ser incrível e amável.)
Sua linguagem me parece informal, creio que não quer impressionar alguém.
(Seu jeito doce e calmo de ser não parece forçado para impressionar.)
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Os Monstros do meu Lar
PoetryEssa obra é um conjunto de poesias sobre um homem de rotina comum, vida comum, aparência comum, mas um lar muito extraordinário. Nessa jornada iremos acompanhar um homem fardo de viver a mesma vida todos os dias sem o seu girassol. Fardo de ter se...