A ARTE

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Com uma suave batida, Taehyung anunciou sua chegada à porta do apartamento de Jungkook. Cada toque ressoava como um eco dos batimentos acelerados do seu próprio coração, enquanto ele se preparava para enfrentar a tensão acumulada entre eles. A atmosfera estava eletricamente carregada, saturada de expectativas, dramas e desejos reprimidos que agora pareciam prestes a explodir.

Quando Jungkook finalmente cedeu e abriu a porta, a luz amarelada da sala lançava um tom dourado sobre seu rosto, destacando um equilíbrio frágil entre raiva contida e desejo ardente. Seus olhos, estreitados como se tentassem manter uma distância segura, traíam sua verdadeira ânsia. O aroma sutil de Jungkook, uma mistura de revelador de fotos e suavidade de sabonete pós-banho, invadiu as narinas de Taehyung, intensificando a sensação de proximidade entre eles.

Jungkook permanecia firme, encostado contra a porta do seu apartamento universitário, os músculos tensos revelando a intensidade das emoções que lutava para controlar. Seu olhar fixo em Taehyung transmitia uma mistura de expectativa e cautela, enquanto um leve sorriso nos lábios indicava uma ponta de desafio.

— Já viu a hora, Kim Taehyung? — Ele perguntou, sua voz carregada de uma intensidade palpável.

Taehyung, apoiado no batente da porta de Jungkook, respondeu com um tom provocativo, um biquinho nos lábios que misturava brincadeira com um toque de desejo.

— Não vai para o nosso "ap"? — Questionou, com um ar de falsa inocência.

— Obviamente não. — Jungkook retrucou com firmeza, sua determinação quase palpável.

A resposta de Jungkook foi rápida, mas Taehyung não se deixou abalar. Ele sabia exatamente como manipular Jungkook, como girar as palavras no espaço entre eles para provocar uma reação.

— Mas meu bem, eu não estou conseguindo dormir sem você lá. — Taehyung insistiu, seu tom carregado de sugestão.

Jungkook revirou os olhos, uma expressão de pura frustração cruzando seu rosto antes que ele pudesse se recompor.

— Não sou remédio de insônia. — Sua resposta veio com um leve sarcasmo, mas não escondia o desejo por trás das palavras.

— É a causa da minha. — Taehyung retrucou rapidamente, um brilho astuto em seus olhos, sabendo que estava chegando sob a pele de Jungkook.

Eles estavam dançando em torno do inevitável, cada palavra uma coreografia ensaiada em sua longa história juntos. Jungkook sabia que deveria resistir, manter-se firme contra os encantos de Taehyung, mas parte dele ansiava pela capitulação.

— Eu deveria muito bem deixar você sofrendo. — Sua voz era dura, mas havia uma suavidade subjacente que Taehyung reconheceu como uma forma de rendição.

— E porque tamanha maldade? — Taehyung perguntou com um falso tom de inocência, sabendo que atingira um ponto sensível.

Jungkook fechou os olhos por um momento, coletando sua paciência como se fosse algo tangível. — Você mentiu, me enganou, enganou a faculdade, fingiu que eu te machuquei. — Ele acusou, sua voz carregada de decepção e ressentimento.

Taehyung deu de ombros com uma leveza teatral, não mostrando nenhum arrependimento. — Meus motivos eram todos bem válidos. — Sua resposta veio com uma calma calculada, seus olhos brilhando com desafio.

— Que seriam? — Jungkook desafiou, sua expressão agora uma mistura de incredulidade e admiração pela ousadia de Taehyung.

Um sorriso malicioso se espalhou pelos lábios de Taehyung, consciente do efeito que causava. — Você fica um charme preocupadinho. — Ele provocou, seu tom suave e sedutor.

DESCULPAS PEONEAS E OUTRAS COISINHASOnde histórias criam vida. Descubra agora