Constance Fanisck

154 18 93
                                    

Ando em direção ao abatedouro, com medo. Já sinto mãos por todo o meu corpo sem ao menos ter sido tocada. Meu maior sonho é ser como a maior lenda do COSP "A fugitiva". Dizem que seus cabelos castanhos ainda estão na última sala em que usaram seu corpo. Fazem cerca de seis anos que ela fugiu, podia ter nos levado com ela.
Sendo assim, sou obrigada a continuar no centro, me tiraram do meu lar apenas para isso, não sei nem se tenho um lugar para voltar agora
- Constance... quer que eu faça algo? - quem me fez essa pergunta foi Yan, meu "protetor". Ele se intitulou assim desde que nos conhecemos, ou seja desde crianças.
- Não quero que se machuque, volte pra o nosso lugar te vejo em algum tempo...
- Tempo que não temos Constance, quanto mais deixamos isso acontecer pior fica...
- Sinto muito se não sou capaz de espancar um homem por tocar no meu corpo ou por não deixar você espancá-lo até a morte.
Se eu estiver errada, me julgue mas julgue aí na sua casa, já passei por muito pra levar desaforo até nessa situação.
Ando mais um pouco até parar de frente com uma porta, a regra é bata quatro vezes, nem um número a mais ou um a menos.
Fiz o que havia sido combinado, bati as quatro vezes na porta, um homem de cerca de um metro e noventa abriu-a. Eu que sempre me senti alta com meus um e setenta metros, me senti o menor ser vivo do mundo, toda vez me sinto dessa forma.
-Tu eres Constance Fanisck?- assenti com a cabeça- Entre...seja uma boa menina e faça seu trabalho- ele murmurou em meu pescoço assim que entrei no quarto.
No instante seguinte, ele havia me agarrado e me beijando em todos os lugares possíveis. Isso me dá NOJO. Suas mãos sujas passeando por todo o meu corpo, me fazendo sentir um objeto de prazer. Como um simples vibrador por exemplo.
Logo ele me jogou na cama, amarrando minhas mãos a cabeceira da mesma, retirou o mínimo que eu usava como roupas, (um short simples, uma regata e as roupas íntimas bege). Um frio percorreu toda a minha espinha e resolvi olhar para o homem que estaria querendo usar tudo o que eu tinha, pelo o que eu soube ele pediu quatro horas comigo, com direito a tudo. Tenho apenas quinze anos por que não posso ter uma vida normal? Eu apenas estava esperando a minha morte, o homem ruivo ainda me beijava, indo pelo pescoço e descendo pela clavícula, passando por meus seios, barriga, parando na virilha. Era assustador, mesmo que eu faça isso desde os sete anos, ainda me apavoro com tudo isso. O homem se levantou e vestiu o preservativo. Fechei os olhos novamente pensando ter finalmente chegado ao inferno.
Senti algo duro e grosso me invadir com força, e avançando com mais rigor ainda. De repente pensei em algo que minha amiga Clara, que também está presa comigo no COSP me disse:
- Toda vez que estou com um homem, gosto de imaginar que é o Matias- Matias é o namorado dela que sim, está no COSP também.
Então imaginei o único homem que eu queria que fodesse comigo.
Eduardo. O meu eterno protetor, o qual só eu sabia o verdadeiro nome, e apenas ele sabia o meu. Quando estamos sozinhos, usamos nossos nomes verdadeiros, e apenas um com o outro. Amo ele desde a primeira vez que ele me protegeu.
Enquanto o homem ruivo tinha sua diversão, eu imaginava Eduardo estocando mais e mais forte, e de repente a dor sumiu. Era o meu Deus Nórdico de cabelos pretos enterrando seu pau dentro de mim como se dependesse da vida dele.
Não seria incomodo se ele resolvesse fazer isso de verdade.
Foi bom, até o momento em que gemi o nome dele, o homem parou, saiu de dentro de mim e sentou-se na cama
- Como diabos você sabe meu nome porra?- eu paralisei, meu deslize fez parecer que a empresa dava os nomes dos clientes aos "funcionários"- ME RESPONDA OU PROCESSO ESTE LUGAR
-Minha colega disse que já havia dormido com você e que descobriu seu nome na recepção, ouvindo o chefe...ela foi embora tem umas duas semanas...
- Apenas isso?
- Sim senhor... Não foi a intenção eu só...
E novamente ele havia me agarrado, me beijando em lugares que não sei se posso falar. Novamente minha mente trabalhou para que o meu Eduardo estivesse em cima de mim, me fudendo de todas as maneiras.
Algum tempo depois ele havia alcançado o orgasmo e eu bem, tinha gozado umas duas vezes. Mas como eram quatro horas e eu nunca vi um homem tão cheio de tesão, logo ele estava duro novamente, pronto pra outra. E eu tinha de suportar quantas rodadas ele quisesse.
Desprendendo minhas mãos e me virando de quatro, ele posicionou o pau na entrada da minha boceta como se não fosse nada, afastando levemente minhas pernas para um acesso mais fácil. Novamente meu soldado em minha mente, me penetrando e me fazendo sua ... até alguém INVADIR O QUARTO.
Não conseguia ver nada, apenas senti o homem sair de dentro de mim de novo e logo em seguida gemidos de dor. Consegui me cobrir com o lençol quase transparente que havia na cama.
Quando me virei, avistei Eduardo batendo no homem que acabara de me usar. O rosto totalmente ensanguentado dele me fez perceber que talvez ele esteja morto. Uma única frase se repetia em minha mente:"Pare-o antes que seja tarde demais e sejamos punidos pela morte de um homem desconhecido".
Corri até eles e tirei o Eduardo de cima dele
- Yan o que diabos você pensa que está fazendo?- pergunto indignada
- Te salvando de mais um trauma. Eu tava na porta OUVINDO TUDO ele é nojento- e o Óscar de amigo ciumento e protetor do ano vai para Eduardo Silveira- a propósito, que amiga sua dormiu com ele? Aposto que nenhuma né Leonessa- Fiquei roxa de vergonha, eu gostava desse apelido, significava leoa em italiano, a família do Eduardo é italiana. Normalmente eu estaria acostumada mas com esse olhar dele, como se nunca tivesse me visto nesse estado deplorável.
- Gemeu o meu nome, Leonessa ? - perguntou olhando para meus lábios, me peguei olhando para os dele também. - Pena que não era eu lá, só para dar um aviso o meu é maior e mais grosso do que o dele, no dia que quiser Leonessa, me chame, apenas nunca mais deixarei que entre em um quarto assim de novo, a menos que seja comigo e para transar comigo. Também farei um trabalho mil vezes melhor.
Ele nunca falou assim comigo, mas de qualquer forma, ele falou agora.
Enrolada naquele lençol fino, ele me pegou no colo como uma criança, envolvi meus braços em seus ombros fortes e minhas pernas nos seus quadris. Eduardo pôs suas mãos em minhas costas ao me dar apoio.
Enterrei minha cabeça em seu pescoço apenas aceitando que ele não me deixaria em paz tão cedo.
Nos levando para o quarto da primeira geração, no caso nós dois e mais três colegas de quarto, me colocou no chão e tirou minhas roupas do braço. Me devolveu a regata, o sutiã, o short, porém faltava uma peça de roupa, que ele levou ao nariz, cheirou e indagou:
- Me diz Leonessa tava molhada desse jeito porque me imaginou contigo naquele quarto ou o filho da puta era bom nas preliminares?
- Nem um nem o outro
- Então o que exatamente te deixou assim?
- Nada de demais, apenas assisti a um show hoje mais cedo
- E que show foi esse Leonessa? Pra te deixar deste jeito eu quero assistir, entender o que acontece pra fazer um rio Nilo no meio de suas pernas
- O show em questão é gratuito e você vai todos os dias
- Me diga logo, estou curioso
- Seus banhos meu Protetor, seus banhos diários, eu estou lá assistindo a cada um deles, então sim eu sei que seu pau é maior e mais grosso do que o daquele homem. Pelo mesmo motivo foi mais complicado te imaginar fodendo comigo.
Deixá-lo sem palavras era meu hobby favorito.

Me faça esquecer as rosas Onde histórias criam vida. Descubra agora