Porque não me disse que era você?

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Eduardo Silveira

Acordei esta manhã com uma moça, muito descarada, querendo algo um tanto errado logo de manhã.

Alana estava montada em mim, sim, foi assim que acordei. Sim, eu estava duro, mas morrendo de sono, mal dormi noite passada por causa dela.

Sim nós transamos na noite anterior, e foi muito bom, eu vou devagar por tudo o que ela passou. Mas aparentemente ela não se importa nem um pouco com o meu cuidado por ela.

Alana é foguenta demais, quase não aguento.
A amo mais do que tudo, mas vamos combinar uma coisa, a menina é completamente traumatizada, porque mesmo assim ainda consegue e gosta de transar comigo?

Sendo sincero, eu não entendo, evitei dormir com ela de novo depois da nossa primeira vez.
Me deixei levar pelo o que o meu corpo queria, não pensei direito no que eu poderia causar a ela. Me culpei muito depois, e evitei dormir com ela depois.

Mas ela me procurava tanto pra isso, que brigamos e eu disse que me arrependi de ter transado com ela logo de cara, ela virou pra mim e disse que esperou que eu dissesse que a amava por anos, e que finalmente eu tinha admitido isso.

Aí voltamos aos velhos/novos hábitos, devagar é claro, mas mesmo que eu seja cuidadoso, ela não quer nem saber.

Tipo, amor, sei que não sentiu prazer em todas as vezes que dormiu com alguém, que temos que fazer isso só pelo fato de querer trepar todo dia, credo.

Tipo, homens nos usaram quando éramos apenas crianças, a gente faz tratamento, Alana tem problemas com conviver com outros homens, ela ficava meio neurótica até com o João.

Na escola mesmo, só ouço Samantha dar concelhos a ela sobre socialização e convívio com outros garotos e professores.

Ela realmente tem medo de homens que ela não conhece, ainda mais depois do que Matias fez a ela.

- Leonessa, eu tenho uma pergunta - digo olhando para a linda mulher que estava se preparando para iniciar seus movimentos.

- Pode fazer

- Como caralhos você consegue transar comigo?

Alana olha no fundo dos meus olhos, como se fosse capaz de ler a minha alma.

- Edu, você está com medo de me traumatizar?

Desvio o olhar do dela, virando a cabeça para o lado.

Ela sai de cima de mim, se ponto sob as cobertas, levando sua cabeça a se apoiar em meu ombro.

- Sabe o que é confiança, Meu Amor? É o que eu tenho em você, eu confio e amo você. Você me prometeu que sairíamos de lá um dia, sempre fomos melhores amigos, sempre cuidamos um do outro, e vamos continuar cuidando.
Se eu transo com você porque eu quero, é porque te amo, e gosto do que temos juntos, do quanto você é ciumento, fofo, amoroso, chato de vez em quando, e escolheu me amar. Eu escolhi amar você e viver para que um dia, nós dois possamos correr juntos, para que um dia, a gente tenha uma vida, juntos. A nossa casa, a nossa cama, a nossa cozinha, o nosso sofá, os nossos cachorros e gatos, o nosso futuro.
Meu Eduardo, você foi o único homem que não me traumatizou além de Léo e meus pais.

Meus olhos ardiam, adoro quando um de nós fala o que pensa desse jeito, acho que nosso amor pode sim ser colocado em palavras, é muito bom ouvir ela dizer que me ama, como se eu fosse o único homem na face da terra.

A abraço com força, sentindo que iria perdê-la se soltasse, ficamos desse jeito por um tempo, até nos levantar, tomar um banho, trocar de roupas e descer para o café.

Ao chegar no andar de baixo, eu e Alana estávamos de mãos dadas, e ouvi vozes estranhas vindas da sala.

Ouvi Emanuel falando algo estranho, de mim.

Me faça esquecer as rosas Onde histórias criam vida. Descubra agora