Capítulo 39 🥀

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Ouço Carol chamar meu nome, mas não paro, continuo meu caminho em direção ao quarto. Sei que tem alguém vindo atrás de mim, mas não faço questão de ver quem é. Entro no quarto e escuto a pessoa entrar e bater a porta logo em seguida.

— O que deu em você para sair daquele jeito? — vocifera.

— Estou cansada. Me deixe sozinha. — Ainda estou de costas, não quero encará-lo, não quero olhar aqueles lindos olhos e sentir seu cheiro.

— Será que dá pra me dizer o que está acontecendo, porra?

Viro-me decidida, não estou me importando com as consequências.

— Está acontecendo que eu sou uma idiota Sr. Augusto.

— E por que você é uma idiota? — murmura com aquela mesma voz controlada de sempre.

— Eu sou idiota por me importar tanto com você, e sou ainda mais idiota por não conseguir parar de pensar em você — esbravejo. As palavras simplesmente fogem da minha boca sem a minha permissão.

— Bárbara — murmura me encarando, vejo que está surpreso.

Fecho os olhos e percebo a burrada que eu fiz.

Não acredito que acabei de dizer que não consigo parar de pensar nele. Eu o odeio. Como posso me importar e pensar tanto em alguém que eu odeio? Isso é surreal.
...Não é?

𝙑𝙄𝘾𝙏𝙊𝙍 𝘼𝙐𝙂𝙐𝙎𝙏𝙊

Estou sentado em meu escritório, localizado em um dos clubes mais conhecidos da famiglia, o clube Flamenn. É daqui que saem todas as minhas ordens.

Neste momento estou irado por ter descoberto que um dos meus carregamentos de armas foi pego pelos civis. Fico me perguntando que merda os imprestáveis dos meus soldados estavam fazendo que não prestaram à devida atenção no que estava acontecendo ao redor.

Não tolero erros, muito menos aceito que esses civis filhos da puta atrapalhem o meu negócio. Eu que comando esse país, a Cosa Nostra é a maior máfia do mundo, então sou eu que mando nessa merda. Se eu quiser transportar minhas armas, farei isso. E ninguém ouse ficar no meu caminho.

Ingiro todo o líquido que acabei de despejar no copo. A sensação do meu uísque favorito rasgando minha garganta é a melhor, sem dúvidas.

Sirvo-me mais uma vez, e caminho em direção as janelas do escritório.
As pessoas lá embaixo vivendo em seus mundinhos patéticos nem imaginam o que acontece ao seu redor.

— Alberto está vindo até aqui novamente. — Gabriel invade minha sala sem bater. Ele sabe que odeio quando fazem isso.

— Da próxima vez que entrar aqui sem bater, cortarei seus dedos — vocifero ainda encarando as grandes janelas.

— Não me venha com essa, Victor, ontem você atrapalhou minha foda e nem por isso estou reclamando.

Me viro, finalmente o encarando. Gabriel é uma das poucas pessoas que não sentem medo de mim.

— Enquanto você estava fodendo aquela puta, os civis pegaram a porra do meu carregamento — Tomo mais um gole do uísque.

— Não tive culpa, a vadia estava se jogando em cima de mim. Não consigo resisti a uma bocetinha fácil — diz sorrindo com lascívia.

— Não me importo se você não consegue segurar o pau dentro das calças, apenas lembre que a famiglia vem em primeiro lugar.

— Eu sei, já estou resolvendo isso.

— Não espero menos de você — falo e volto minha atenção para as grandes janelas.

— E quanto a Alberto? Ele está vindo para cá.

— Quando ele chegar eu resolvo — murmuro indiferente.

//fiquei com dó de vocês pedindo mais. Sei nem o que falar desse capítulo

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