Capítulo 18: A Busca Implacável

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Seline

Os meses se arrastavam como uma névoa densa de incerteza e angústia. Cada amanhecer na clareira trazia consigo a sombra da ausência de Alaric, um vazio palpável que pesava em nossos corações. Oliver, o filho que crescia ao nosso lado, era um raio de luz em meio à escuridão, um lembrete constante do que perdíamos e do que ainda lutávamos para recuperar.

Nossos dias eram preenchidos com preparativos incessantes. Treinamentos se intensificavam, estratégias eram elaboradas e alianças eram forjadas. A alcateia se unia em torno de um objetivo comum: encontrar Alaric e trazê-lo de volta para casa, custe o que custar. A presença crescente de vampiros nos arredores da clareira alimentava nosso senso de urgência e fortalecia nossa determinação.

Em uma manhã fria e nebulosa, uma pista concreta finalmente surgiu. Um batedor da alcateia, explorando os limites das montanhas distantes, encontrou vestígios de atividade vampírica em uma antiga fortaleza abandonada. Era o sinal que esperávamos há tanto tempo, a oportunidade de enfrentar nossos inimigos de frente e recuperar o que nos foi tirado.

Draven, Gael e eu partimos imediatamente em direção à fortaleza, nossos corações cheios de determinação e nossas mentes focadas na batalha que se aproximava. À medida que nos aproximávamos, o ar se tornava carregado com a energia tensa de antecipação. A fortaleza se erguia diante de nós, imponente e sombria, guardada pelos seguidores de Thomas e Larissa, sedentos por sangue e poder.

— Preparem-se! — ordenou Draven, sua voz ressoando com autoridade enquanto nos organizávamos para o confronto iminente.

A batalha começou com um rugido de fúria e determinação. Lobos renegados, vampirescos e híbridos atacaram em uma série coordenada de investidas, suas presas e garras brilhando à luz do dia que lutava para se infiltrar pelas nuvens. O som ecoava no ar, misturado com os grunhidos selvagens e os gritos de guerra.

Gael, com sua agilidade e destreza inigualáveis, liderava a vanguarda ao meu lado. Suas garras se moviam com precisão mortal, retalhando os inimigos que ousavam se aproximar. Eu lutava com a ferocidade de uma mãe desesperada, meu coração pulsando com a necessidade de proteger não apenas a mim mesma, mas também aqueles que amava.

Entre os combates caóticos, vislumbres de rostos conhecidos e desconhecidos se perdiam na multidão. Cada morte era um golpe doloroso, uma lembrança de que a guerra tinha seu preço. Sangue se derramava sobre o chão rochoso, misturando-se com a terra e os gritos de dor e triunfo enchiam o ar.

Em meio ao caos da batalha, eu avançava com determinação implacável. Meu corpo estava vivo com adrenalina, meus sentidos aguçados pela urgência da situação. Draven, como um líder nato, coordenava os esforços da alcateia, sua presença imponente inspirando coragem nos corações dos lobos ao seu redor.

O confronto se estendeu por horas intermináveis, cada minuto um teste de resistência e habilidade. À medida que o sol mergulhava no horizonte, a intensidade da batalha não diminuía. Os vampiros e seus aliados lutavam com uma determinação selvagem, alimentados pela crença de que estavam protegendo um segredo sombrio.

Então, em um momento de silêncio tenso, uma figura se destacou entre a multidão. Thomas, com seus olhos duros e um sorriso cruel nos lábios, emergiu das sombras. Ao seu lado, segurando Alaric com força, estava Larissa, o rosto contorcido pela loucura e pela obsessão.

— Desistam! — gritou Thomas, sua voz ecoando pelo campo de batalha. — Alaric é nosso agora. Vocês não podem vencê-los!

Eu tremia de raiva e desespero ao ver meu filho sendo usado como peão em um jogo de poder e vingança. Gael rosnou, pronto para avançar, mas Draven ergueu a mão, sinalizando para que recuássemos. A tensão pairava no ar, carregada com o peso da decisão que precisávamos tomar.

Entre Uivos e DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora