Capítulo 17: A Ameaça Silenciosa

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Longe daquela festa, algo acontecia no qual ninguém imaginava. Na escuridão de uma floresta densa, uma figura se movia silenciosamente entre as árvores, os passos leves como o vento. Larissa, que estava fora de vista desde que Seline começou a se juntar a Gael, havia encontrado consolo e aliança com os vampiros. Agora, ela estava de volta, cheia de ressentimento e com um propósito sombrio.

Larissa tinha passado esses meses nas sombras, conspirando e planejando. Seu coração, outrora cheio de amor por Gael, estava agora endurecido pelo ódio e pelo desejo de vingança. Ao lado dela, estava Thomas, um lobo da alcateia de Draven, que, para surpresa de muitos, era também meio vampiro. Thomas conseguia esconder sua natureza de todos, uma habilidade que lhe dava uma vantagem perigosa.

Thomas era o companheiro de Larissa, algo que ela descobriu após ser acolhida pelos vampiros. A ligação entre eles era intensa e obscura, alimentada por um desejo comum de poder e destruição. Juntos, eles tramavam algo sinistro: acabar com Seline, seus bebês e Gael.

Enquanto Seline, Draven, Gael e os outros lobos estavam ocupados se preparando para a chegada dos gêmeos e para a realização da profecia, Larissa e Thomas estavam arquitetando um plano para destruir tudo o que eles amavam.

Na clareira, os dias passavam num ritmo frenético de preparação. Seline sentia os bebês crescendo cada vez mais rapidamente dentro dela. Draven e Gael estavam sempre ao seu lado, a alcateia estava unida e forte, mas a ameaça que se aproximava era silenciosa e mortal.

Uma noite, enquanto todos dormiam, Larissa e Thomas encontraram um ponto estratégico na floresta, onde poderiam observar a clareira sem serem vistos. Thomas, com seus sentidos aguçados, analisava cada movimento, enquanto Larissa, com os olhos cheios de determinação, sussurrava planos de vingança.

— Nós atacamos quando eles menos esperarem. — disse Larissa, sua voz baixa e venenosa. — Primeiro, precisamos enfraquecê-los, encontrar uma brecha na defesa deles.

Thomas assentiu, os olhos brilhando na escuridão. — Eu conheço essa alcateia. Sei onde são vulneráveis. Vamos criar o caos de dentro para fora.

Enquanto isso, na clareira, Seline estava sentada ao redor da fogueira com Draven e Gael, compartilhando um momento de tranquilidade. Eles riam e conversavam, tentando manter o espírito elevado apesar da tensão constante.

— Estamos quase lá, Seline. — disse Draven, segurando sua mão com firmeza. — Vamos proteger você e esses bebês com tudo o que temos.

Gael assentiu, acariciando a barriga de Seline. — Não importa o que aconteça, estaremos juntos. Como uma família.

Naquela noite, Seline teve um sonho perturbador. Ela se viu correndo por uma floresta escura, com sombras se aproximando por todos os lados. Podia ouvir os sussurros e sentir uma presença ameaçadora. Acordou ofegante, com uma sensação de perigo iminente.

— Algo está errado. — disse Seline, olhando para Draven e Gael, que acordaram com sua agitação. — Senti que algo vai acontecer e não vai ser nada bom.

Draven e Gael trocaram olhares preocupados. Sabiam que os sonhos de Seline eram frequentemente visões, avisos do que estava por vir, algo que ocorria desde sua sexta semana de gravidez.

— Precisamos reforçar a segurança. — disse Draven, levantando-se rapidamente. — Não podemos deixar que nada aconteça a você ou aos bebês ou com a alcateia.

Gael concordou, já chamando os outros lobos para se prepararem. — Vamos dobrar as patrulhas e colocar encantamentos de proteção em volta da clareira. Ninguém entra ou sai sem que saibamos.

Enquanto a alcateia se mobilizava, Seline sentiu uma nova onda de determinação. A ameaça  era real, mas ela não deixaria que o medo a paralisasse. 

Entre Uivos e DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora