Andarilho (BDSM)

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- Parem de me seguir! - Mouche mandou irritado, correndo pela academia com estudantes o seguindo.

Sorri de lado, o observando voar pela biblioteca. Nahida parou ao meu lado, apoiando os braços para trás, o observando. Não tenho certeza do que houve, mas o Alhaitham nunca esteve tão irritado.

- Eles crescem tão rápido. - Comentei observando alguém segurar o pé do Mouche, o fazendo parar, ou cairia em uma estante. 

- E logo são perseguidos por fãs. - Acrescentou. 

Calma, o que? Ele está sendo seguido por tietes? Me segurei para não rir, mas senti um pouco de ciúmes. Não pela situação, mas por alguém realmente o amar a ponto de demonstrar com tanto fervor.

- Pode leva-lo para passear? - Alhaitham perguntou irritado, sem demonstrar, se aproximando de nós com três livros em mãos. - Antes que eu o acerte com algo.

- Ele não é um cachorro. - Avisei, estendi meus braços, recebendo os livros. São livros de culinária, estive querendo melhorar minhas habilidades culinárias. - Bem... - encarei os três rapidamente - Se divirtam. - Virei para sair.

- EI! - Nahida repreendeu alguém. - Vai bagunçar tudo!

Senti um grande tufão passar ao meu lado, abrindo a porta com força. Virei para olhar a Nahida dando bronca nos estudantes. Eles bem que merecem. Consegui sair da academia sem mais problemas. Ser o filho da Nahida é um peso, e o Mouche não sabe como fazer isso.

Percebi a mudança na umidade e estiquei meu braço, sentindo as gotas de chuva. Estou com livros em meus braços, não posso molhar, Alhaitham me mataria. Isso porque nem bibliotecário ele é. 

- Você poderia ter me ajudado. 

- Você parecia ter tudo sob controle. - Debochei de volta, observando seus braços cruzados, seu olhar perdido e sério no horizonte e seu... grande chapéu. - Mouche.

- Não. 

- Você nem sabe o que eu ia pedir. 

- Claro que sei. - Respondeu. - Meu chapéu não é guarda-chuva, além disso, você não é de açúcar, não vai de-

Aproximei rapidamente, selando nossos lábios, o fazendo recuar as mãos e arregalar os olhos. Buscando entender o que houve. Lambi seu lábio superior antes de abrir meus olhos, para observar seu olhar perdido. 

- Beijo surpresa. - Avisei e lhe dei um selinho. - Agora podemos ir?

Ele fechou o punho, ficando irritado. Senti seu punho na minha cabeça, não me derrubando, mas me fazendo morder a língua e desequilibrar. Eu deveria ter pensado melhor antes de agir. Pelo menos ter fugido depois de fazer. 

- Você ficou louco?! Não pode me beijar assim do nada!

- Não foi do nada! - Retruquei. - Eu avisei que faria!

- Quando, seu porra?! Eu não ouvi nada! Não seja assim! - Ele puxou os livros de mim, os batendo contra si com sua mão esquerda. 

Sua mão direita foi para cima, fazendo vento. De repente senti a água gelada da chuva, me fazendo fechar meus olhos institivamente. Senti seu sorriso presunçoso. Sua sorte é que estou com Geo e não Anemo. Minha expressão emburrada o fez gargalhar, apertando meus livros com força, tentando não desabar.

- Agora estamos quites? - Perguntei puxando minha franja para cima, puxando a água para trás. Meu cabelo não voltou.

E foi quando Mouche me encarou em silêncio, observando meu rosto com atenção. Aproveitei da brecha e fiz uma pedra no chão, o empurrando por trás na minha direção. Agarrei seu braço, me protegendo em seu chapéu. Sorri quando seu rosto corou. 

Aether... haaa (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora