Xiao

4K 193 344
                                    

Saí do meu quarto e me espreguicei para cima, o chão de madeira sob meus pés me causa uma segurança inexplicável.

Entrei no banheiro e comecei a escovar meus dentes de olhos fechados. A sensação de limpeza me deixa feliz, como se minha boca estivesse em seu melhor momento.

- Bom dia.

- Bom dia, Xiao. - Respondi virando meu rosto para ele. Me assustei e recuei para trás, batendo na parede. - O que você está fazendo aqui?

- Você... Me convidou para vir sempre que eu quisesse.

Me soltei da parede e enxaguei minha boca, guardando minha escova.

- Você nunca aceitou antes.

- Entendi... Até breve.

- Calma. - Ele foi embora.

Maldito tímido. Vou ter que ir até Albergue se eu quiser ter alguma chance de encontrar ele. Terminei de me vestir rapidamente e fiz minha trança de forma desajeitada. 

Fui direto para o Albergue, de tanto que já passei por aqui a Soraya já não se assusta mais. Corri para dentro do Albergue e abri meu planador para chegar até Verr.

- Bom dia, Aether. Quantas vezes já te pedi para não abrir seu planador aqui dentro?

Me agachei, colocando meu joelho esquerdo no chão e acariciei a cabeça do cachorro.

- Bom dia, nunca me pediu isso. - Respondi e ele deitou de barriga pra cima. - Quem é um bom garoto? Que amor. 

- Está óbvio que não pode abrir em locais fechados. Como posso te ajudar? 

- Estou procurando o Xiao, você o viu? - Me levantei e me apoiei no balcão. 

- Hum, não. Acho que não. Ele tem ficado recluso no seu canto de sempre. Precisa dele?

- Preciso. 

- Vai tentar chama-lo com comida? 

Isso me traz lembranças. 

- Acho que não será preciso. - Avisei saindo, caminhei devagar até o lado de fora, nada do Xiao ainda. - XIAO!

- Você chamou? - Ele apareceu em pé em cima de uma mesa. 

- Xiao. - Chamei e abracei sua cintura, ele recuou, mas não me afastou. - Te amo, pode vir dormir comigo quando quiser. 

Ai, merda. Eu falei sem pensar. 

- Também... te amo... 

- Então vai finalmente dividir o tofu comigo? - Levantei meu olhar para ele e sorri, ele está vermelho. 

- Tofu é só meu. - Avisou desviando o olhar, colocando sua mão em frente ao seu rosto. Como se realmente fosse capaz de esconder essa ruborização tão suave. - Por que seu cabelo está bagunçado?

Me soltei dele e puxei minha trança para frente, eu fiz correndo. Ele se sentou na mesa e segurou minha cintura com força, me virando de costas para ele. 

- Pode sentar. - Pediu dedilhando minhas costas, me sentei no banco e ele começou a desfazer minha trança.

- Vamos passear juntos? - Perguntei apoiando minhas mãos no banco e balançando minhas pernas. 

Aether... haaa (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora