Childe

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- Aether?

- AETHER?!

Childe segurou meu braço antes que eu caísse. Me apoiei nele e apertei seu casaco com força.

- O que você tem? - Perguntou me segurando. - Estamos no meio de uma lu... - O olhar dele subiu e ele me deitou devagar. - Dottore?

- Childe. - Dottore cumprimentou se aproximando com dezenas de soldados Fatui.

Me sentei e puxei minha espada, mas minhas mãos começaram a tremer e a força normal de Childe foi capaz de me fazer deitar novamente. Ele está me segurando com muita força. Sua mão foi para o meu pulso e ele apoiou um joelho no chão, me colocando atrás de si.

- Você fica aqui. - Mandou se levantando, apoiei minhas mãos na terra, está tudo girando. - Paimon, se ele tentar se levantar, me chame.

- Tá bom... - Paimon parou ao meu lado e apoiou suas mãos no meu peito, me encarando atentamente. - Você está gelado.

- O que faz aqui? - Childe perguntou sorrindo, caminhando até ele de forma despojada. - Liyue é meu território.

- Com a morte de Signora estamos redistribuindo posses. - Respondeu sorrindo. - E me parece... Que você tem uma criança interessante em sua posse.

- Eu não sou uma criança. - Comentei me virando de lado, minha espada bateu no chão.

- Ele te chamou de minha posse. - Childe comentou sorrindo pra mim.

- Vai se fu-

Vomitei sangue, tossindo em seguida. Não consigo respirar. Soltei minha espada e senti as mãos quentes do Childe na minha cintura.

- O que houve? - Perguntou me encarando. - Venha. - Ele me ajudou a levantar, ignorando o Dottore.

Childe tentou passar, mas os soldados não saíram da frente. Como se ele não fosse mais seu superior. Meu rosto está queimando. Pensei que os mensageiros não tivessem território, que eles apenas ficavam onde lhes convém. 

- O que faremos? - Paimon perguntou em pânico.

- O que você veio fazer aqui? - Childe perguntou apoiando meu braço em seu ombro, segurando minha mão do outro lado.

- Como eu disse. - Dottore repetiu arrumando suas luvas. - Redistribuição de posses.

- Aether. - Childe me chamou baixo, observando sua volta. - Tenho que te tirar daqui. Estamos muito longe de qualquer outra pessoa. Consegue lutar? Não tenho certeza do que ele quer.

- Não consigo me mover. - Respondi observando seu arco aparecer.

É ridículo que ele use um arco. Estamos em desvantagem e ele vai usar o seu ponto mais fraco. Nunca vou entender as pessoas viciadas em adrenalina de luta.

- Xiao...

- Você... chamou? - Xiao apareceu em cima de uma árvore. - O que houve? Está emanando energia negativa.

- Preciso de ajuda. - Comentei tossindo.

- Claro. - Ele puxou sua máscara, fazendo sua lança aparecer. 

Não posso pedir que lute. Xiao não luta contra humanos, muito menos se envolve com esse tipo de gente. Acho que podemos deixar o Childe cuidar disso. Eu só estou atrapalhando.

Xiao segurou por baixo dos meus joelhos, me pegando no colo. Childe e ele conversaram um pouco, algo que não consegui ouvir porque minha mente começou a esvaecer.

(...)

- Não consigo. - Xiao...

- Que merda! O que a gente faz? - Childe.

Aether... haaa (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora