Diluc

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- Você consegue! - Paimon me disse. - Precisamos do dinheiro.

- Me recuso. Prefiro passar fome. - Avisei.

- O que estão fazendo acordados a essa hora? - Huffman nos perguntou. - São duas da madrugada e estão gritando no meio da cidade.

- Estamos precisando de dinheiro. - Paimon comentou. - Aether está resfriado e se recusa a tratar. Não tem como sairmos para fazer missões. 

- Por que não se trata com a Barbara? 

- Ele não quer atrapalhar ela. - Paimon respondeu. 

- Ela está ocupada. - Comentei, minha cabeça está queimando. 

- Isso não responde o porquê de estarem vagando por aqui a essa hora. 

- Não consegui dormir. - Respondi. - Paimon apenas me seguiu quando saí. 

- Paimon se preocupa com você! 

- Não precisa, pode voltar a dormir. - Fechei meus olhos e respirei fundo. É como se minha cabeça fosse explodir.

- Eu vou buscar um copo de água pra você. - Paimon avisou saindo. 

- Eu... vou voltar a patrulha, vai ficar bem sozinho? - Huffman perguntou, assenti, já me sentando na escada. Ele voltou a andar. 

Queria estar na cama agora, voltei meu olhar para frente, posso ver o quadro de... esqueci o nome e o portão. E o Diluc passando, a essa hora? Onde ele vai?

Me levantei e corri atrás dele, ele saiu da cidade. Se for um dos assuntos noturnos dele, quero ajudar. 

- Diluc. - Chamei quando passei do portão, olhando em volta e nada dele. Minha cabeça está doendo muito. 

- Aether? - Chamou aparecendo atrás de mim, me virei para ele. - O que faz aqui? - Ele levantou minha franja. - Você está queimando.

- Mestre Diluc... 

- Onde está Paimon? - Perguntou olhando em volta, meu corpo foi ficando pesado. - Ei. Não durma...

(Algumas horas depois)

Desci as escadas da Adega, encontrando Diluc comendo na mesa. Me aproximei dele, ele logo abaixou o jornal.

- Dormiu bem? - Perguntou pegando uma xícara, já bebendo o que quer que tenha dentro dela. - Pode sentar, é meu convidado. 

- Desculpe ter te atrapalhado ontem. - Peço me sentando. 

- Me preocuparia mais se não tivesse me procurado. O que houve?

- Só um resfriado. 

- Me pareceu bem mais do que isso. 

- Tenho me sentido bem fraco essa semana... peguei pesado em uma missão e isso piorou tudo, mas não posso ficar sem trabalhar. Paimon insiste que devo trabalhar como garçom, mas eu não quero. 

- Então precisam de dinheiro. - Ele disse pensativo, devolvendo a xícara na mesa. - E imagino que seja extremamente grato por eu ter salvo sua vida. 

- Sim... não? - Como ele salvou minha vida?

- Então trabalhe para mim até melhorar. 

- Eu posso? - Perguntei. 

- Adelinde. - Diluc chamou. - Pegue o contrato, por favor. 

Ela foi e voltou rápido, o colocando na minha frente junto a uma caneta. Eu deveria ler, mas isso vai fazer minha cabeça doer e eu confio no Diluc. Assinei e empurrei ele de leve na direção dela. 

Aether... haaa (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora