Kaeya (Parte 2)

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Estava andando por Mondstadt quando sua mão me puxou para entre duas casas. Kaeya me colocou contra a parede e sorriu, apoiando sua mão perto da minha cabeça. Esse sorriso que todo ladrão de tesouros teme; sem saber se irá apanhar ou se será roubado.

- Onde está indo? - Perguntou cruzando seu pé atrás do outro, apoiando sua mão livre em sua cintura.

- Almoçar. - Respondi desviando o olhar, seu peito está na minha linha de visão.

- Que coincidência. - Kaeya comentou inclinando sua cabeça levemente para o lado. - Eu também estava indo almoçar. O que acha de irmos juntos? É por minha conta.

- Tá bom. - Respondi com um pequeno sorriso.

Kaeya se mostrou confuso e desconfiado. Sorrindo e rindo em seguida, como quem está se divertindo. Ir contra parece mais difícil do que ir a seu favor.

- Então vamos. - Pediu abaixando e segurando por trás dos meus joelhos, me jogando em seu ombro. Bati meu rosto em suas costas.

- Kaeya! - Chamei confuso, ele riu e começou a andar. - Me deixe! Eu sei andar!

Meu cabelo caiu para baixo, fazendo minha trança bater nas costas dele. Levantei minhas pernas e Kaeya segurou a parte de trás das minhas coxas, me impedindo de descer.

- Eu posso te levar. - Avisou subindo as escadas.

- Esse não é o ponto!

- Se parar de reclamar, te darei um presente. - Avisou sorrindo. Bufei e parei de reclamar, eu sou uma pessoa curiosa.

Seguimos em silêncio até a Presente dos Anjos. Kaeya me colocou no chão quando já estávamos dentro. E para o azar do Diluc, o mesmo está trabalhando enquanto o Kaeya aparenta estar de folga.

Estendi minha mão para o Kaeya, esperando meu presente. Ele ficou confuso por um segundo até lembrar o que tinha falado. Não teria me dado se eu não tivesse cobrado.

Kaeya tocou meu rosto, virei meu olhar na direção de sua mão. Foi o tempo dele beijar minha bochecha. Segurei sua camisa por impulso, o fazendo sorrir.

- Bom garoto. - Comentou acariciando minha orelha.

Senti meu rosto corar e Kaeya logo chamou Diluc, pedindo sua melhor mesa e bebida. Diluc mandou que usasse suas pernas, que todas as mesas são iguais, mas que logo levaria bebida. Kaeya me guiou para uma mesa ao fundo, sentamos lado a lado.

- Você vai pagar? - Questionei encarando a mesa.

- Claro. É meu convidado.

Diluc colocou um copo de vinho para Kaeya e um copo de suco de uva para mim. Já anotando nossos pedidos de comida e se retirando, tão sério quanto de costume. Charles apareceu assim que Diluc voltou para trás do balcão, eles trocaram de lugar e Diluc foi embora.

- Aether... - Kaeya chamou tocando a beirada do meu copo com seu indicador, o puxando em sua direção e fazendo o copo inclinar. - Suco de uva é para bebês...

- Eu sou um bebê. - Debochei segurando meu rosto e apoiando meu cotovelo na mesa, observando Charles se organizar.

Kaeya gargalhou, soltando meu copo e apoiando seu braço por cima do meu ombro, me puxando para mais perto de si. Não sei porque ninguém acredita que sou mais velho que os arcontes. Eu poderia dizer que Kaeya é o bebê aqui.

- Então não poderei pedir para sair comigo mais tarde? - Questionou recuperando seu fôlego, Charles colocou a comida na mesa, Kaeya agradeceu com um aceno breve, voltando a me observar. - O que acha?

- Depende. - Respondi puxando meu prato, começando a comer. - Para onde quer me levar?

- Para onde quer ir?

Aether... haaa (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora