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Ret 🃏

Tava vendo os papéis dos convidados pro baile de hoje. Pô, mo ansiedade. Apresentar a morena oficialmente pra geral daqui, até bate aquele receio, tá ligado?

Mas é a vida que eu levo, o preço que eu pago por ter amolecido o coração. E tem nem como não amolecer, né? A mina é linda, gostosa, cuida de mim, fode bem...quero mais nada não.

Escuto batidas na porta e o Ryan me chamando.

— Pode entrar. — Grito e observo ele entrar e ficar de frente a minha mesa. — Fala tu Ryan.

— Pô chefe, é aquela história de novo. Tá acontecendo.

— Que história carai?

— Dos cara ameaçando tu, a patroa e o complexo. — Quando escuto isso, já lembro do que se trata, gelo na hora.

— De que maneira? — Pergunto me levantando tenso e puto.

— Deixaram agora uma caixa lá na frente de uma das entrada, que só nois usa. Ai mo bagulho nojento de um dedo podre, e um papel. — Ele estende o papelzinho.

"Tu, tua mulherzinha de merda e esse complexo vão virar história. - M"

— Que porra que é M? — Ryan pergunta.

— Eu vou saber tio, tenho minhas dúvidas. Escuta ae. — Travo o maxilar. — Quero a segurança dobrada hoje, valeu? Minha contenção também, pode pegar as arma mais pesadona, e eu quero um só pra ficar no pé da Olívia a noite toda.

— Mas já tem o Teto. — Ele pergunta inocente.

— Fodasse, quero o mais treinado que tiver. — Ele assentiu e saiu da sala.

Peguei um vaso que tinha na minha mesa e joguei na parede. Esse filho da puta não para de ameaçar, tinha dado um arrego e voltou com a putaria.

Pô, jogar a real e tentar organizar meus pensamento. A Olívia tem um pai, né? Quer dizer, nem pai pode chamar aquilo.

Mas ela mandou ele pra cadeia junto com a professorinha. Aquele merda ficou bem conhecido lá no meio, quando saiu acabou com a professora, disseram que ela ficou irreconhecível. Verme.

Fiquei sabendo que ele comanda um grupo terrorista pelo Rj, já tentou a um tempo atrás entrar aqui e fazer aliança mas eu nunca fui com a cara. Quando o Cabelinho trouxe a ficha da Olívia eu já me liguei de quem era ela e de quem é o bosta do pai dela. 

Depois que eu me envolvi com ela, eu recebi umas ameaças contra a coitada. Eu nem comentei depois daquele episódio com o playboy porque não queria deixar ela pior.

Não que eu tenha certeza que seja dele, mas tinha o mesmo M como assinante. Sei que ela nem sabe do pai, e é melhor assim. Ele é um nojento que só faz coisa ruim. Não que eu faça boa, mas ele é medonho.

Sei que na primeira brecha dele, vou meter bala sem dó. Quero que se foda, vem quem vier mas não ameaça meu morro e muito menos minha muie.

Ainda puto peguei um pouco de whisky e virei na boca, tentar aliviar o estresse. Mas logo escuto outra batida na porta. Caralho.

Audaz / Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora