18|banido e inconsciente

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Jeon

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Jeon

Eu não sabia por que, mas sentia que algo estava errado.

Jimin estava escondendo algo de mim ou pelo menos se escondendo, ele não se sentia confortável quando Jihyun estava por perto. Então eu tive que cuidar disso primeiro.

Abri o envelope, tirei a carta do rei e entreguei ao meu ex para que ele pudesse ler. Virei-me para Jimin e expliquei o que estava acontecendo.

— Era um emissário do rei. As notícias correm rápido por aqui, mesmo estando longe da capital. Os portais facilitam tudo, e o rei descobriu o que aconteceu ontem à noite.

O rei e eu nos conhecíamos antes dele ser rei e eu ser um de seus cavaleiros. Ele me deve um favor. Anos atrás, quando pediu para ser enviado para servir em uma cidade perto da fronteira, ele tentou me convencer de que precisava de mim ao seu lado. Mas a verdade é que vivíamos tempos de paz e a agitação da capital tinha-me esgotado. Tudo que eu queria era servir meu rei em um lugar onde pudesse encontrar um pouco de paz e constituir família.

— Jihyun foi banido. Não do reino, mas desta cidade. Ele deve partir agora, e eu devo escoltá-lo, para garantir que o desejo do rei seja cumprido.

Jihyun suspirou enquanto dobrava a carta e a colocava de volta no envelope.

— Vejo que você ainda tem amigos em cargos importantes.

— Tenho pessoas que se preocupam comigo, sim. — eu disse.

—E uma dessas pessoas é o próprio rei. Certo. Quer saber? Não importa, certo? Eu já disse a ele que não tenho intenção de ficar. Isso apenas torna oficial.

Olhei para Jimin em busca de uma reação. Ele estava se abraçando, como se estivesse com frio, embora pudesse ver gotas de suor em sua testa. Ele parecia exausto. Talvez fosse isso. Ele precisava de paz e sossego, como eu, então entendi perfeitamente.

— Jimin, vou acompanhar Jihyun até a casa do irmão dele e garantir que ele vá embora hoje. Está tudo bem para você?

Jimin assentiu. — Sim, claro. Você tem que fazer o que o rei ordenou.

Aproximei-me dele, ajoelhei-me diante dele e coloquei as mãos em seu rosto. Estava quente. Talvez demais.

— Você vai estar bem?

— Sim. Não se preocupe comigo, sério. Estou bem.

— Voltarei em breve. Isso não vai demorar muito, eu prometo.

— Posso ir sozinho. — disse Jihyun — Você não precisa vir comigo.

Suspirei.  — A carta é muito clara sobre isso.

— Como quiser.

Ele estava sendo odioso de propósito. Não era sobre o que eu queria, Tratava-se de fazer as coisas certas. Especialmente porque a vinda dele afetou diretamente a mim e à meu esposo. Eu tinha que ter certeza de que ele estava fora de cena, e o rei sabia disso, e foi por isso que ele me encarregou de cumprir sua ordem.

Concentrei-me novamente em Jimin. Jihyun realmente gostava de me distrair dele. Beijei seus lábios suavemente e ele mal respondeu, mas não dei importância. Eu estava desconfortável com meu ex lá.

— Eu voltarei! — repeti.

Jimin assentiu, eu respirei fundo e soltei o ar, e finalmente me levantei e me preparei para me afastar dele. Ele não estava se sentindo bem e eu tive que reexaminar seu hematoma, mas antes de mais nada... eu não conseguia nem seguir meus próprios pensamentos quando a presença do meu ex era tão perturbadora. Sua energia por si só me dava nos nervos.

— Vamos. — eu disse, gesticulando para jihyun andar na minha frente.

Ele tentou falar comigo uma ou duas vezes no caminho para a casa do irmão, mas eu o ignorei e ele acabou ficando em silêncio. Quando chegamos, ele se virou para mim e esperou que eu olhasse para ele. Nossos olhos se encontraram e, pela primeira vez, vi arrependimento nos olhos dele.

— Lamento que não tenha funcionado— ele me disse.

Soltei um grunhido de relutância.

— Foi minha culpa. Eu estraguei tudo. Espero que você esteja feliz com seu ômega.

— Espero que você também encontre a felicidade. Mas, ela não será comigo e, nunca mais aparece aqui. — eu disse. —
Vou esperar aqui. Entre e pegue suas coisas.

Tudo o que eu queria era voltar para Jimin, mas uma ordem do rei era uma ordem do rei, e ele veria Jihyun deixar a cidade. Ele saiu de casa com uma bolsa no ombro. Seu irmão o abraçou e acenou para mim.

— Não vamos nos tornar completos estranhos. — disse ele. — meu esposo e eu adoraríamos conhecer Jimin um dia.

Yoongi sempre foi muito maduro e diplomático. Eu apreciei isso nele. Jihyun disse que preferia caminhar até a próxima cidade já que não era longe, e mais uma vez deixei que ele andasse na minha frente. No entanto, minha mente não estava com ele. Eu estava pensando em Jimin e tudo que eu queria era segurá-lo nos braços e dizer que tudo ia ficar bem.

Demorou mais do que eu imaginava, mas Jihyun finalmente deixou a cidade. Ele queria me abraçar, mas eu o impedi, desejei-lhe boa sorte e me virei. Eu estava impaciente, tanto que comecei a correr. Posso ter mudado de forma, mas era tão rápido na minha forma humana quanto na minha forma de lobo. A maioria de nós, lobos, mudamos de forma quando necessário, em batalha ou quando sentimos que precisávamos deixar a fera sair por um tempo e desfrutar da natureza em sua forma mais pura.

Cheguei em casa sem suar muito e parei por um momento em frente à porta para me recompor. Alisei minhas roupas e passei a mão pelos meus longos cabelos loiros, então entrei com um sorriso no rosto, querendo mostrar a Jimin que nossa provação havia acabado. De agora em diante, apenas vibrações positivas. Era o que ele merecia.

Porém, ao entrar na sala, vi Jin e Namjoon no chão, olhando para Jimin.

— O que aconteceu? — Corri em direção a eles e eles saíram do meu caminho. Coloquei a cabeça de Jimin no meu colo. Ele estava inconsciente.

— Ele desmaiou. — disse Namjoon. —Faz uns minutos.

— Uma compressa fria. — eu disse a Jin.

Ele deu um pulo e correu para a cozinha. Então me virei para namjoon.

— Para o castelo, através do portal. Rápido. Não volte sem o médico real.

— Mas eu preciso... preciso de uma carta escrita. Ou pelo menos uma mensagem.

Ele estava certo.

— Caneta e papel.

Ele trouxe rapidamente o que precisava, e eu escrevi uma frase dirigida ao médico e assinei. Não havia tempo para mais. Quando Namjoon saiu correndo pela porta, peguei Jimin e o coloquei no sofá, com um travesseiro sob sua cabeça.

Ele não acordou. Beijei sua testa, sentindo-a arder mais do que antes.

— Eu vou cuidar de você. — Sussurrei em seu ouvido. — Eu te amo e vou cuidar de você. Eu prometo.

🐺

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meu querido companheiro lobo | Pjm+JkkOnde histórias criam vida. Descubra agora