traços

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Lexa caminhava pela rua deserta, e a todo momento olhava seu telefone esperando que Clarke a respondesse, mas ela se mantinha calada. Ela enfiou ao mãos nos bolsos e caminhou em direção a casa da loira, ela não pretendia a obrigar falar com ela, mas ela não podia deixá-la dormir sem lhe dá a certeza, que ela não queria aquelas garotas.
Ela parou em frente a grande casa, e olhou prós lados, não tinha ninguém por ali e poucas luzes estavam acesas dentro da casa, ela observou a única luz do andar de cima acessa e imaginou que fosse o quarto de Clarke. Então ela se aproximou buscando por câmeras, mas não parecia ter nenhuma, ela jogou a mochila no chão e começou a subir com dificuldade, entre o telhado baixo em direção a janela.
Quando ela chegou lá totalmente sem fôlego olhou pra dentro do quarto, mas não tinha ninguém ali, e então ela ouviu o chuveiro, e soube onde ela estava, sentindo suas bochechas quentes ela entrou pela janela e olhou ao redor do cômodo. Ela sorriu ao observar o local, que tanto parecia com a loira, as paredes em cores pastéis, como uma biblioteca ela diria, duas das paredes preenchidas por estantes cheias de livros, dois violões encostados na outra parede, que pra Lexa era a mais interessante, pois continha alguns desenhos colados ali, que aos olhos dela eram esplêndidos e de tirar o fôlego, se aproximando deles ela levou sua mão a um que parecia um rosto infantil, mas também um ramo de flores, como uma arte impossível de ser desvendada, a não ser por o próprio artista, respirando fundo ela olhou os outros com um sorriso, e virou observando todo o quarto, e então olhou pra cama na parede do lado do banheiro, ela sorriu quando viu a pelúcia de guaxinim ali, e o pegou sentindo o perfume da loira no brinquedo, então ela ouviu o chuveiro ser desligado e pediu aos céus que ela estivesse vestida. Respirando fundo, Lexa colocou a pelúcia de volta na cama e viu a loira sair do banheiro, trazendo uma flagrância doce junto de si, ela lhe olhou confusa e apertou mais a toalha ao redor de seu corpo.

- Lexa? Ela disse baixo.
- como entrou aqui?

- me desculpe você não me respondia, eu entrei pela janela. Lexa disse levando a mão pro rosto em vergonha.

- eu não vi sua mensagem. Clarke disse baixo.
- você não foi pra casa?

- não, eu precisava ver você. Lexa disse tentando não desviar seus olhos pro colo nu dela.
- eu posso ir se você quiser, só me diga que não acredita naquilo. Lexa disse dando dois passos em sua direção.

- não precisa ir. Clarke disse baixo, e Lexa novamente viu os olhos dela com tristeza.

- me diga que não fui eu que causei essa tristeza em você. Ela levou sua mão ao rosto dela e acariciou ali, o que fez Clarke fechar os olhos.

- não foi. Ela disse em um sussurro.
- me desculpe sair daquele jeito. Ela se aproximou mais da morena o que fez Lexa segurar sua respiração tentando conter a vontade de tocar a pele exposta dela.

- Clarke quero abraçar você, e beijar você, mas não posso fazer isso com você assim. Lexa disse baixo.
- se vista por favor. Ela disse e se virou de costas pra ela, o que deixou a loira confusa, mas logo ela entendeu o porquê, e sorriu sentindo seu corpo se arrepiar. Ela caminhou até seu guarda-roupa e pegou seu pijama ali seguindo pro banheiro onde se vestiu. Quando ela retornou, Lexa continuava no mesmo lugar de cabeça baixa, e Clarke deu um leve risada dela.

- você pode se virar. Ela disse e viu a morena fazer o que ela disse, e observar toda sua roupa parecendo estar mais calma por cobrir seu corpo.

- vem cá. Lexa disse se aproximando e abraçou ela pelos ombros deixando vários beijos em sua cabeça. Ela sorriu e segurou o rosto dela vendo ela com um pequeno sorriso ali.
- Clarke eu disse que não queria beijar você se existisse insegurança..

- eu confio em você. Clarke disse firme a cortando. - eu só não soube como reagir a forma que elas disseram, me desculpe.

- tudo bem, você não tem culpa. Lexa roçou seu nariz no dela sorrindo.
- quer me contar sobre essa tristeza nesses olhos lindos? Ela perguntou olhando profundamente em seus olhos enquanto acariciava suas bochechas.
Clarke desviou o olhar e pegou na mão dela a puxando pra cama, elas se sentaram ali, com seus olhos presos entre si e suas mãos juntas, Clarke levou sua mão pra camiseta dela e começou a massagear aquele tecido, algo que Lexa notou ser um ato de carinho, mas também de calma pra ela.

Eternamente Sua - (Clexa)Onde histórias criam vida. Descubra agora