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Música: My Only One


Pov; Lexa

Tudo que eu conseguia pensar era que em algumas horas essa garota seria minha namorada, ou não, caso ela dissesse não, que era o que meu coração temia.
Seu rosto parecia mais delicado essa noite, e quando vi ela tentando parecer brava, minha vontade era dizer que eu a amava, amava que ela me esperasse sempre depois dos jogos, amava como ela deitava em meu ombro quando me abraçava, amava como todo meu dia se tornava bom quando eu a encontrava no final da tarde, amava até sua pequena raiva em alguns momentos, tudo nela era perfeito, e tudo nela me fascinava me fazendo se sentir mais sortuda cada vez mais.
E a minha maior certeza vem sendo, que tudo que eu quero está aqui, nos meus braços, nos meus olhos, no meu coração e na minha mente. Como eu conseguiria dizer tudo que quero pra ela? Como eu poderia dizer tanta coisa sem lhe espantar quando dissesse que eu a a...

- você está fazendo de novo. Ouvi Clarke dizer, e percebi que eu travei em meus pensamentos enquanto a admirava. Sorrindo a beijei mais uma vez e rocei meu nariz no seu, como eu amava fazer isso, e como eu amava ela sempre o franzir depois que os separavamos.

- vamos lá então. Eu disse, e senti o nervosismo voltar por todo meu corpo, peguei na mão dela e a puxei pra fora dali. Tudo parecia lento pra mim, tudo parecia único e especial, na verdade tudo era, desde que eu tivesse ela ao meu lado. E eu mesma imaginei que pensaria e sentiria algo tão grande e verdadeiro como isso por alguém, parece que a qualquer momento posso flutuar, o que é estranhamente assustador e bom ao mesmo tempo.. e por mais que eu sinta medo, de tudo da errado, caso ela diga não, caso ela deixe de sentir o que sente por mim, eu ainda assim sinto a força de continuar desde que seja com ela.
A puxei em direção a minha moto e os garotos do time passaram enquanto diziam que joguei bem, apenas acenei e subi na moto esperando Clarke fazer o mesmo. Sorri para ela colocando o capacete e entreguei o seu, ela parecida ansiosa, e aquilo era fofo, eu esperava que ela gostasse.

- é muito longe? Ela perguntou abraçando minha cintura.

- um pouquinho, talvez uma hora até lá. Eu respondi e a vi sorrir encostando em mim, então saí com a moto com um pegando sorriso, que aparecia sem eu ao menos perceber.
As últimas duas noites em que passei acordada, me fizeram pensar mais do que eu deveria, e agora sei que faço isso quando tô ansiosa, e aqui estou eu no automático levando a garota que me conquistou para pedi-la em namoro, como isso pode ser simples para as outras pessoas? Por que eu sinto que posso morrer a qualquer momento, mas também sei que é a melhor sensação que já passei, sei que sinto paz com ela em meus braços, com sua risada, com seus olhos, com seu cheiro, isso significa que vou conseguir, não é?
Senti ela apertando minha cintura e sorri, ela tentava disfarçar, mas eu sabia que ela já estava com frio, principalmente por que estava sem jaqueta e seu vestido era de um tecido fino ao frio da noite, desacelerando a moto, eu parei e vi ela se separar confusa me observando.

- já chegamos? Ela perguntou, e quando me virei vi suas bochechas vermelhas comprovando seu frio, então tirei minha jaqueta levando aos seus braços, ela me olhou confusa, mas não a negou e a ajudei a colocar, enquanto ela parecia sorrir de mim.

- já estamos perto. Eu disse deixando um beijo em sua testa e virei pra frente esperando ela me abraçar novamente.

Seguimos ouvindo cada vez menos o barulho dos trânsitos, e ela provavelmente já havia notado pra onde estávamos indo, e acho que talvez ela tenha gostado, pois a todo momento me abraçava mais passando seu rosto em minhas costas, o que ela nunca havia feito antes, mas que eu já estava amando essa nova mania, com certeza andaria mais de moto com ela.
Quando começamos a ver a areia me senti mais nervosa, e então avistei a casa de praia do meu pai, onde tinham pequenos frascos de luz, e ao que parecia não havia ninguém nas casas vizinhas, e mesmo se tivesse alguém, é longe o bastante pra não perceberem nossa presença ali. Quando parei na BR respirei fundo e desliguei o motor sentindo Clarke descer, e então fiz o mesmo. Ela olhava ao redor, e como ainda estávamos uma distância considerável até a casa, ela não havia percebido em qual direção deveria ir.

Eternamente Sua - (Clexa)Onde histórias criam vida. Descubra agora