culpa

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Se não tiverem lido o último na segunda postagem, podem ficar perdidos.
E lembrando que é tudo especulação em relação a doenças.








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A noite de filme na casa Griffin estava animada, Clarke estava espremida no meio de seus pais enquanto acariciava a barriga de Abby que já começava aparecer, e por mais que ela tenha escolhido saber o sexo no parto, Clarke sentia que seria uma menininha, que ela chamaria de Clhoe. Ela já tinha quase seus dezessete anos, mas sua coisa favorita era as noites de filmes com seus pais, quando eles davam um tempo dos empregos e se juntavam, se divertiam e dividiam as horas entre risadas e carinhos.
Abby entrava no sexto mês de gestação, e por mais que fosse de risco desde o início, ela tinha seguido até ali bem, sem sangramentos ou dores anormais, e mesmo que ela ainda sentisse medo no final da noite por seu bebê, ela também já sentia o amor avassalador de a sentir mecher dentro de si.
Se aconchegando entre eles, Clarke fechou os olhos com sua mão sobre a barriga, e vez ou outra dava leves sorrisos ainda acordada, mas amando que em poucas meses, ela teria um companheira, que mesmo que fosse só chorar e fazer cocô nos primeiros meses, ela já planejava muitas coisas, como a levá-la no seu parquinho favorito, no cinema, na praia, ou quem sabe conhecer seu futuro namorado, que ela acreditava que seria o garoto que saiu nas últimas semanas. Ela sentiu sua mãe começar a lhe fazer carinho nos cabelos, e sorrindo ela se entregou ao sono.
Abby tinha sua cabeça encostada em Jake, que a abraçava pelos ombros, as vezes lhe deixando um beijo na testa. Ele se sentia um homem sortudo, o mais sortudo, tinha uma esposa maravilhosa, uma filha incrível e um bebê a caminho, que ele não conseguia imaginar sua vida sem, não conseguia pensar em não vê-la crescer, ou em não vê-la se tornar melhor amiga de Clarke. Ele olhou para baixo observando ela dormir, ele achava que adolescência seria difícil, mas ali estava sua filha, amando estar com seus pais quando todos na empresa reclamavam que seus filhos nem queriam sair com eles, sorrindo ele acariciou o braço dela, e depois olhou para Abby, que se entregou ao sono também. Deixando um beijo na testa da esposa, ele pegou Clarke no colo, a levando pro seu quarto, e logo veio buscar Abby, que acordou assim que ele a pegou, mas fingiu dormir para ele continuar a levando. Ele a deitou com leveza na cama, e então se pôs ao lado dela, abraçando sua pequena barriga, e ela sorrindo também levou sua mão a barriga, e então dormiu.

Não passou mais que duas horas para ela acordar, com uma dor forte em seu ventre, uma dor tão forte que a fazia sentir o gosto de sangue em sua boca sem perceber que mordia as próprias bochechas, buscando aguentar. Ela levou sua mão a barriga chorando enquanto tentava não gritar para não assustar Clarke, e quando olhou para as próprias pernas, ela viu o lençol ensanguentado, uma grande quantidade de sangue, que a fez ficar paralisada e até por um segundo esquecer da dor, mas no momento seguinte, ela sentiu outra fisgada forte a fazendo gritar, e acordar Jake de imediato, que se sentou assustado, e mais ainda quando viu o sangue, ele olhou para ela com os olhos medrosos, e vendo os dela, ele se levantou rapidamente, pegou um lençol limpo e enrolou ao redor dela, que gritava cada vez mais alto sentindo a dor lhe tomar. Quando ele a pegou no colo para sair, Clarke estava na porta, assustada.

- mãe? Ela perguntou piscando rapidamente.

- filha pegue a chave do carro, agora! Jake disse quase alterado sentindo seu coração querer sair pela boca, e começou a descer as escadas seguindo pra garagem. Assim que Clarke abriu o carro, ele pôs Abby no passageiro passando o cinto ao redor dela e da barriga, que ela não tirava a mão um segundo sem conseguir parar de chorar.
- entre. Jake disse pra Clarke paralisada olhando pra sua mãe, a voltando a si, ela entrou atrás, e logo seu pai saiu com o carro, ultrapassando alguns sinais para chegar ao hospital o mais rápido que pudesse.

- mamãe, tá tudo bem. Clarke disse com a voz preenchida de medo, e Abby com suas últimas forças sorriu para ela, logo voltando a gritar mais alto.
Jake deixou o carro de qualquer jeito na frente do hospital, e enquanto aos berros gritava emergência, tirou Abby do carro levando ela até a maca que já haviam trago a frente.

Eternamente Sua - (Clexa)Onde histórias criam vida. Descubra agora