Duas pessoas completamente diferentes, vidas diferentes, histórias diferentes, segredos que podem unir ou separar ambos. Porém com um desejo em comum.
Ambos buscam saciar sua fome.
Até onde você iria por amor? Estaria disposta a quebrar seus princ...
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Suzane Manuele
Hoje é mais um daqueles dias que se eu pudesse nem saia da cama, eu simplesmente odeio ir a terapia, odeio ter que falar com um estranho sobre coisas que ele não entende. - Já estou nisso a três malditos anos, três anos que conto a mesma história sem cessar, três anos que o Doutor Abreu tenta curar meu bloqueio, de todos os métodos que ele usou nesses anos, o único que deu resultado foi a Hipnoterapia, até consegui lembrar da aparência de um dos homens daquele dia, seus olhos acinzentados desbloquearam a memória dele arrastando Albert para aquele carro. - A única coisa que achei estranho, era a insistência do Doutor na aparência dos homens, ele parecia mais interessado nisso, do que qualquer outra coisa. - Mas não posso negar que essa lembrança me animou um pouco, tentei contanto com a Lilith porém sem nenhum retorno dela, estou preocupada com ela, nem mesmo quando avisei sobre eles terem descoberto sobre a investigação, tive algum retorno.
- Bom dia Suzane, como está hoje? - Diz o senhor gordo de meia idade, apontando para a cadeira a sua frente.
- Estou bem Doutor. - Digo sentando-me a sua frente.
- Ótimo! - Sorri falsamente. - Então vamos começar sua sessão. - Pega meu prontuário, sempre pronto para anotar cada detalhe.
- Hoje quero falar sobre um outro assunto Doutor. - Esfrego as mãos nervosa. - Uma jornalista me procurou a alguns dias. - Limpo a garganta. - Acho que aconteceu algo ruim com ela. - Falo soltando o ar.
- Uma jornalista? Interessante. - Diz enquanto faz suas anotações. - E por qual motivo acha que aconteceu algo com ela? - Me olha com curiosidade.
- Depois que ela me procurou, eu comecei a me sentir observada. - Me levanto da cadeira. - Sei que pode ser algum sintoma de paranoia, mas sentia que alguém estava me seguindo. - Falo andando de um lado para o outro em sua sala.
- E onde a jornalista entra nessa história? Era ela que estava te observando? - Fala enquanto faz suas anotações incessantes.
- Não, não era ela. - Me sento novamente. - Eu acho que era o assassino do Albert. - O ouço tossir. - Tudo bem Doutor?
- Sim, continue. - Ele se ajeita nervosamente em sua cadeira.
- Uma noite, senti alguém me observando da janela e isso me deixou muito nervosa. - Começo a raspar as unhas em meu braço. - Então tentei ligar para ela, várias vezes. - Levanto-me novamente. - Ela não atendeu nenhuma chamada, então deixei uma mensagem avisando que eles sabiam dela. - Ando em círculos no pequeno consultório.
- Deixa eu ver se entendi. - Fala olhando em minha direção. - Você avisou a ela que os tais assassinos sabiam dela, apenas por que achou que estava sendo vigiada? - Ele me olha arqueando as sobrancelhas.
- Exatamente. - Sento-me de novo. - Mas não para por aí, ela também não respondeu a mensagem, apenas visualizou. - Fixo meu olhar ao dele. - Ela sumiu Doutor, eu me nego a acreditar que Lilith tenha simplesmente desistido do caso. - Bato a mão em sua mesa. - Eles fizeram algo com ela, eu sei.
- Primeiramente, se acalme Suzane. - Diz calmamente. - Você já pensou na hipótese de que sua mensagem possa tê-la assustado?
- Voce se identificou nessa tal mensagem? - Seu olhar é severo.
- Não. - Respondo abaixando a cabeça.
- Vamos fazer assim. - Pega sua caneta e uma agenda. - Me diga o nome completo dessa tal jornalista, e tentarei descobrir algo sobre seu paradeiro com meus contatos. - Me olha esperando uma resposta.
- Lilith Romano. - Digo quase em um sussurro.
- Certo, agora vá para casa e descanse. - Diz se levantando. - Na sua próxima sessão, prometo te trazer informações tranquilizadoras. - Fala abrindo a porta do consultório.
- Você promete Doutor? - Vou em sua direção.
- Claro Suzane, agora por favor tente não ser tão impulsiva.
- Tentarei Doutor. - Digo saindo da pequena sala. - Até a próxima sessão então. - Falo me despedindo, vendo-o acenar com a cabeça.
Puta merda será que assustei mesmo a Lilith? Será que por minha causa ela desistiu de tudo? Espero que o Doutor consiga informações e que ela esteja bem.
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