Domingo, 13 de novembro de 1994
12:00
Victoria
Eu estava saindo da padaria, quando fui surpreendida por Dinho na entrada.
— Oi, aconteceu alguma coisa? – perguntei, confusa
— Sim, infelizmente – Dinho falou, sério – uma coisa terrível
— Dinho, tá me deixando preocupada, foi alguma coisa com a minha avó? – perguntei
— pior – Dinho respondeu, ainda sério
— o que tá acontecendo, Dinho? – perguntei
— Bom, 16 anos atrás meus pais fizeram merda, e agora a gente tem que comemorar o aniversário daquela praga todo ano, então eu vim te chamar pra almoçar lá em casa – Dinho falou e eu revirei os olhos
— Porra, Dinho, cê me assustou, caralho – Falei e ele riu
— Desculpa, não resisti – Dinho falou
— podia ter me falado antes pra eu comprar algum presente pra sua irmã – falei, saindo com ele
— não, você gasta demais com a gente, não precisa de tudo isso. A gente nem terminou de te pagar a dívida do estúdio – Dinho falou
— você sabe que eu não me importo com isso, Alecsander, eu nem queria que vocês me pagassem, por isso eu pedi pra língua de trapo da Vanessa não contar nada – Falei
— É o seu dinheiro, Vic, você precisa dele, se não precisasse, não estaria trampando em dois lugares! — Dinho falou, pegando minha bolsa pra levar
— Bom, pelo menos eu tenho uma grana aqui que dá pra comprar algo pro almoço, vamos dar uma passadinha no açougue – falei
— deixa de ser teimosa, menina, eu já falei que não precisa – Dinho rebateu
— precisa sim, não vou chegar no aniversário da sua irmã de mãos vazias. Aliás, ela nem me chamou, eu vou de intrusa – falei
— Não é verdade, ela mandou te chamar no dia dos finados, mas você não tava bem, então eu decidi esperar um pouco – Dinho falou
— tá falando a verdade? – perguntei
— Tô. Ela mandou chamar todo mundo, disse que tem uma surpresa – Dinho falou
— já tô curiosa – falei
— eu que o diga – Dinho respondeu – quer passar no açougue primeiro?
— não, eu quero um banho primeiro, vamo lá pra casa – falei
— então vamos – Dinho respondeu e seguimos
Chegamos em casa e notei que o carro do Dinho estava na rua, minha avó não estava em casa, julguei que estava na Tia nena e fui para o quarto.
Tomei um banho e coloquei uma blusa de alcinha laranja e um short mom. Fiz um rabo de cavalo com uma bandana laranja deixando duas mechas da minha franja soltas. Coloquei brincos de argola prateados e calcei uma rasteirinha.
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Eu te amodeio, meu pitchulo (mamonas assassinas)
FanfictionQuando seu destino parecia traçado em Minas Gerais por causa do trabalho do pai, Victoria viu sua vida tomar um rumo inesperado ao completar 21 anos. Decidida a retornar para Guarulhos, sua cidade natal, Victoria enfrenta uma montanha de desafios e...