Victoria
— Você pode me falar mais da sua vida, por exemplo — eu disse
— tudo bem, prazer, eu sou Alecsander Alves, tenho 23 anos, e sou baiano, apesar de viver a vida toda em Guarulhos. Tenho uma banda onde além de ser o vocalista, eu sou o mais bonito — ele disse e eu ri na última frase — não entendi o motivo da risada. Gosto de Mariah Keury, Queen e religião urbana, Meu sonho é fazer os mamonas assassinas atingirem o estrelato, meu filme preferido é Debi e Loide, meu seriado favorito é Chapolin Colorado, meu desenho preferido é He-man, minha cor favorita é vermelho, gosto de fanta laranja, amo filet a cubana, pizza e torta de limão. Sua vez
— Meu nome é Victoria dos Reis, tenho 21 anos, sou Guarulhense mas morei 11 anos em extrema, sou balconista numa padaria, mas pretendo ser fotógrafa profissional um dia. Minha cor preferida é vermelha, gosto de Cranberries, Alcione e Michael Jackson, adoro Feijão tropeiro, Torta de frango, rocambole de brigadeiro e suco de uva integral, meu filme preferido é uma linda mulher e meu seriado preferido é chaves, meu desenho preferido é Caverna do dragão, que inclusive é bem melhor que He-man... — falei, mas fui interrompida
— Claro que não, tá maluca? — Dinho questionou
— É muito melhor, apenas aceite — falei
— eu vou julgar que cê tá delirando por causa da gripe — ele disse, e eu dei um tapa no peito dele, o fazendo rir
No meio das risadas, encostei minha cabeça em seu peito, fazendo ele me abraçar.
Quando ele foi me beijar, coloquei dois dedos em seus lábios para cessar o movimento
— aconteceu muita coisa nesses três meses em que eu me afastei, apesar da minha aparência dizer muito, eu preciso me recuperar desse baque. Vamos aos poucos, por favor— falei
— eu te espero, nem que seja por 70 anos, mas aí você vai ter que trocar minhas fraldas — Dinho disse, arrancando uma risada de mim — mas é sério, eu nunca vou te forçar a fazer algo que não queira, e se você se sentir confortável pra me contar o que aconteceu, fica à vontade. Eu só preciso de um favor seu agora
— qual? — perguntei
— canta uma música pra mim? — Dinho pediu
— o cantor aqui é você — retruquei
— é, mas eu quero ouvir a sua voz cantando, já cansei de ouvir ela só me xingando — Dinho insistiu e eu fiquei pensativa
— cantar uma música pra você? Deixa eu pensar...
Eu preciso respirar
O mesmo ar que te rodeia
E na pele quero ter
O mesmo sol que te bronzeia
Eu preciso te tocar
E outra vez te ver sorrindo
E voltar num sonho lindo
Já não dá mais pra viver
Um sentimento sem sentido
Eu preciso descobrir
A emoção de estar contigo
Ver o sol amanhecer
E ver a vida acontecer
Como um dia de domingo...Ai meu Deus — parei
— o que foi? — ele perguntou, preocupado
— Droga! — falei e corri para o banheiro.
O meu enjôo chegou ao extremo e não me aguentei, passei mal enquanto Dinho segurava os meus cabelos, e quando tive forças para me levantar, ele me ajudou a escovar os dentes.
Ele me levou de volta pro quarto e nos deitamos na cama, ele colocou minha cabeça em seu peito e acariciou meus cabelos até pegarmos no sono.
Acordamos com uma câmera na nossa cara, era Sérgio nos filmando, me assustei e me sentei rapidamente
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Eu te amodeio, meu pitchulo (mamonas assassinas)
FanficQuando seu destino parecia traçado em Minas Gerais por causa do trabalho do pai, Victoria viu sua vida tomar um rumo inesperado ao completar 21 anos. Decidida a retornar para Guarulhos, sua cidade natal, Victoria enfrenta uma montanha de desafios e...