— como assim? — perguntei, desfazendo meu sorriso
— não me leva a mal, xuxuzinho, seu vestido é bonito, mas no chão do meu quarto fica melhor — Dinho falou, me fazendo revirar os olhos
— você me assustou, caralho — Falei
— o que tá rolando por aq... Uh Lalá, que Deusa grega — Cláudia disse
— por um segundo eu achei que ele ia me chamar de feia — falei
— ele não te achava feia nem quando vocês se “odiavam”, por que acharia agora? — Aninha disse
— é verdade, agora a chance de eu cair nessas piadocas são bem menores — falei
— e então, madames, terminaram? — Dinho perguntou e concordamos
— Vou me trocar então — falei
— posso ir junto? — Dinho falou e eu apontei o dedo pra ele
Sábado, 14 de janeiro de 1994
Aninha, Cláudia e eu fomos para a igreja. Os meninos já estavam lá, mas não poderiam ficar até o final da cerimônia, pois teriam que estar na chácara antes dos noivos
— Amorzinho, quem vai levar a gente? — perguntei
— Meu pai — Dinho respondeu — Você com esse vestido tá me lembrando alguém...
— quem? — perguntei
— tá me lembrando o amor da minha vida — Dinho falou e eu sorri, dando um selinho em seus lábios
Entramos na igreja e sentamos no último banco.
Quando Janaína entrou, eu senti minhas pupilas dilatarem, ela estava tão linda, Dinho percebeu e apertou a minha mão
— um dia vai ser a gente — ele cochichou no meu ouvido e eu abaixei minha cabeça, sorrindo
Assim que os noivos trocaram as alianças a banda saiu discretamente da igreja.
Aninha, Cláudia e eu ficamos de mãos dadas até o fim da cerimônia
— tá chorando, Clau? — perguntei
— Foi só um cisco que caiu no meu olho — ela respondeu
— tá emocionada, coitada — Aninha disse, sorrindo
— tava se imaginando lá com o Sérgio, é? — Perguntei
— você também se imaginou com o Dinho que eu sei — Aninha disse
— e você com o Bento, ué — falei e nós três rimos baixo
Depois da cerimônia, entramos no carro do Seu Hildo e fomos até a chácara
Chegando lá, tinham duas meninas, uma delas com uma prancheta
— Vocês são? — a da prancheta perguntou
— Namoradas dos músicos — Aninha falou
— Ah, sim, tem uma mesa reservada pra Vocês, me acompanhem — a outra disse e nós a seguimos
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Eu te amodeio, meu pitchulo (mamonas assassinas)
Fiksi PenggemarQuando seu destino parecia traçado em Minas Gerais por causa do trabalho do pai, Victoria viu sua vida tomar um rumo inesperado ao completar 21 anos. Decidida a retornar para Guarulhos, sua cidade natal, Victoria enfrenta uma montanha de desafios e...