Eu te amodeio, meu pitchulo (mamonas assassinas)

17

— Tá feliz agora? — Victoria perguntou, depois de descer do colo de Dinho

— O quê? — Dinho perguntou, confuso

— Eu perguntei se agora você tá feliz — ela respondeu, séria

— Caralho, qual o problema de vocês? — Bento perguntou, se aproximando, junto com os outros

— Eu não sei vocês, mas há muito tempo eu não tomo um banho de chuva — Samuel disse — pega essa, falcão! — Samuel disse, chutando a água que escorria no chão em Sérgio

— Ai, filha da puta — Sérgio disse, chutando de volta

Os outros entraram na brincadeira, com exceção de Victoria e Dinho, que continuavam se olhando

— Me deixa em paz, Alecsander — Victoria disse e saiu

— Eu levo ela pra casa — Sérgio disse e foi atrás da prima.

No dia seguinte, Victoria acordou mal, tinha pegado uma baita gripe e com certeza não conseguiria trabalhar. Decidiu dormir um pouco mais e ir ao médico quando acordasse e assim o fez. Pegou um atestado de 1 semana e foi à padaria entregar ao patrão.

Assim que chegou em casa, tomou todo o cuidado para se manter distante de Aurora, pois sabia que gripe em idosos tem um risco maior

— Vovó, acho melhor você passar uns dias na casa da tia Nena! — Victoria gritou, do quarto

— mas lá não tem nem lugar pra eu dormir! — Aurora argumentou

— liga pra ela e pergunta como o Sérgio e o Samuel estão, se eles estiverem gripados, manda eles pra cá e você dorme no quarto deles — Victoria respondeu assim Aurora fez

Cerca de meia hora depois, Aurora bateu na porta de Victoria

— Filha, tô indo, seus primos estão chegando! — ela disse — fica com Deus, minha filha, se precisar de alguma coisa, liga que a gente vem correndo ajudar

— Vai com Deus, vovó, assim que eu estiver melhor, te ligo — Victoria respondeu, tendo uma crise de tosse em seguida

Victoria se deitou um pouco na cama, e quando começou a cochilar, ouviu batidas no portão, eram Cláudia, Sérgio e Samuel trazendo colchões amarrados no porta malas do carro.

Victoria abriu o portão e os meninos colocaram um dos colchões na sala e o outro veriam mais tarde onde colocariam.

— Vai ficar de quarentena aqui com a gente? — Victoria perguntou, sentando ao lado de Cláudia no sofá

— fazer o quê? Meu cunhado retardado foi inventar de brincar na chuva e agora eu tô resfriada — Cláudia respondeu

— Ai gente, eu tô bem pior, minha imunidade já tá baixa, acho melhor eu ficar trancada no quarto — Falei

— se você estiver fazendo isso pra se trancar e não comer... — Cláudia começou a falar, mas as batidas no portão interromperam seu raciocínio

— tá esperando alguém? — Sérgio perguntou e Victoria negou com a cabeça

Victoria abriu o portão e eram Júlio, Bento e Dinho com travesseiros e cobertas em mãos.

Quando os meninos entraram, Sérgio e Samuel se olharam, Cláudia percebeu e questionou:

— por que essa cara?

— Só trouxemos dois colchões — Samuel disse

— Bom, eu vou dormir na minha cama, Sérgio e Cacau podem dormir no quarto que era do Tio Ito. Sobra dois colchões e dois sofás — Victoria disse

— um colchão é de solteiro, automaticamente é meu — Samuel argumentou

— Eu não vou emprestar o quarto da minha avó pra ninguém — Victoria falou

— o Júlio pode dormir no sofá, já que é o menorzinho do grupo — Cláudia disse

— Na verdade deveria ser o Samuel, num sofá o corpo e no outro a nareba  — Dinho falou, levando um soco no braço em seguida — bate não, porra, eu tô dodói. Trouxe algum filme pra gente assistir, falcão?

— o que você acha, filha da puta? Se eu vou passar sete dias aqui, tinha que trazer alguma distração pra não ter que ficar olhando só pra cara feia de vocês — Sérgio respondeu — vou lá no carro pegar as fitas — ele disse e saiu

— eu também trouxe algumas fitas — Júlio disse, mexendo na mochila

— Quer apostar quanto que é Star Trek? — Dinho perguntou para Samuel

— Se eu apostar qualquer outra coisa tem grandes chances de eu perder — Samuel disse

— calem a boca, animais — Júlio disse e tirou 7 fitas da mochila

— Eu sabia! — Dinho disse, começando a tossir em seguida

— Já assistiu, Vic? — Júlio me perguntou, mostrando as fitas

— Não... Cadê o Darth Vader? — Victoria perguntou, olhando pra capa

— Ela não devia ter perguntado isso. Sai de perto, pinscher, ele vai te matar — Dinho disse, rindo

— Por quê? O que eu fiz de errado? — Victoria perguntou, sem entender nada

— Só a pior pergunta que alguém poderia fazer — Júlio disse — Darth Vader é do Star Wars, não do Star Trek. Jamais confunda novamente — ele me explicou

— tá bom, quanto estresse — Victoria disse

— tô brincando, baixinha — Júlio disse, dando um beijo na testa de Victoria, fazendo Dinho desviar o olhar

Sérgio trouxe uma caixa com fitas e começou a tirar algumas para escolhermos

— Bom, gente, estamos em 7 pessoas e vamos passar 7 dias confinados aqui, então o justo é cada um ter um dia para escolher quais filmes vamos assistir — Cláudia disse

— Eu primeiro! — Samuel disse

— Cine privê é só mais tarde — Bento disse, nos fazendo rir

— Tá, vamos por sorteio então — Victoria disse

O grupo de amigos escreveu seus nomes num papel e Victoria balançou as mãos até cair o primeiro nome no chão

— Bento, hoje você escolhe — Victoria disse, guardando os outros nomes na estante

O primeiro filme que o grupo assistiu foi corra que a polícia vem aí.

Eles Queriam continuar assistindo, mas como estavam gripados, logo o cansaço bateu e foram descansar um pouco até assistirem ao próximo

Victoria foi para o quarto dormir um pouco, até que Dinho foi atrás

— Vic? — ele cochichou — tá acordada? — ele perguntou e Victoria se virou para ele

— como eu durmo com o nariz entupido? — ela cochichou de volta, fazendo Dinho rir

— também não consigo dormir — Dinho respondeu — quer fazer alguma coisa até a gente pegar no sono?

— quero. O que você sugere?

FIM DO CAPÍTULO 17