Terça-feira, 19 de outubro de 1994
13:20
Victoria
Dormi além da conta no meu dia de folga, essa semana estava sendo meio difícil pra mim, a porra do horário de verão tinha começado, meus relógios estavam ajustados, eu não. Meu Deus, como eu odeio isso!
Acordei com a voz de Dinho conversando com minha avó na sala e levantei no susto, será que ele estava esperando há muito tempo?
Fui para a sala sem me preocupar se eu estava com uma aparência “apresentável” e Dinho sorriu quando cheguei
— Esqueceu nosso compromisso? — Ele perguntou
— Esse horário novo tá me matando — falei — nem consegui fazer o almoço pra minha avó hoje
— Eu tô velha, não morta — minha avó disse
— Eu sei, Dona Aurora, mas é que eu amo cuidar de você — Disse, e dei um abraço nela — Você espera eu tomar um banho?
— não precisava nem pedir, sua catinga tá queimando os pelos do meu nariz —Dinho falou e eu acertei um chute, muito bem dado, em sua bunda
Saí do banho e coloquei um short e uma regata vermelha, calcei um tênis e passei meu protetor solar. Deixei os cabelos soltos e peguei minha bolsa. Fui para a sala e me despedi da minha avó com um beijo na testa
Narrador
Mirella estava impaciente dentro do carro, há dias vigiava Victoria e nada acontecia. Já estava quase desistindo, até que viu Dinho entrando na casa de Victoria.
Mirella não seria estúpida o suficiente para usar seu próprio carro na missão, ela trocou de carro com uma amiga, que não achou ruim, pois o veículo de Mirella era infinitamente superior.
Quando Dinho e Victoria saíram de casa, Mirella manteve uma distância segura, longe para não ser percebida, mas não o bastante para perdê-los de vista.
Victoria
— E então, onde você quer ir? — Dinho perguntou
— Dinho, é você quem vai escolher o presente, esqueceu? — falei — Diz aí, o que o seu pai iria gostar? — perguntei
— Hum... Acho que sapatos — ele respondeu, pensativo
— Ótimo, escolhe a loja que você achar melhor. — falei
— vai aproveitar pra comprar sua fantasia? — Dinho perguntou
— não, vou fazer isso sozinha — falei
— por quê? É uma surpresa? — Dinho perguntou
— talvez — eu respondi
Dinho sorriu e paramos em uma vaga. Saímos do carro e esperamos o sinal fechar para atravessar a rua
— Esse sinal não vai abrir tão cedo, vamos esperar dar uma brecha e atravessamos — Dinho falou, e assim que o fluxo diminuiu, ele pegou na minha mão e atravessamos correndo
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Eu te amodeio, meu pitchulo (mamonas assassinas)
FanficQuando seu destino parecia traçado em Minas Gerais por causa do trabalho do pai, Victoria viu sua vida tomar um rumo inesperado ao completar 21 anos. Decidida a retornar para Guarulhos, sua cidade natal, Victoria enfrenta uma montanha de desafios e...