narrador
Victoria contou para Dinho tudo que lhe afligia nesses 3 meses e se assustou quando viu os punhos de Dinho se fecharem. Ele se levantou e passou a mão nos cabelos, furioso:
— eu vou matar aquele desgraçado! — Dinho falou, enfurecido
— Dinho, você não pode fazer nada! Eu preciso desse emprego! — Victoria falou, se levantando e tentando acalma-lo
— como não posso fazer nada? Ele podia ter te... Eu não quero nem pensar nisso, e ele pode acabar fazendo isso com outra mulher também! — Dinho esbravejou
Victoria pegou o rosto de Dinho com carinho e o olhou nos olhos
— Não vai na padaria fazer um escândalo, por favor, tô te implorando — Victoria pediu, com os olhos marejados
Dinho tirou as mãos de Victoria de seu rosto e as beijou
— Eu não vou fazer nada naquela padaria, eu prometo — Dinho falou, segurando as mãos de Victoria — vai deitar, eu vou preparar o almoço. Me tira mais uma dúvida: além dos seus primos, eu sou a única pessoa que sabe disso?
— Não, o Bento também sabe, ele viu o estado em que fiquei. Eu comia só o necessário pra não correr o risco da minha avó me achar morta nesse quarto — Victoria disse, deixando as lágrimas escorrerem
Dinho a abraçou fortemente e beijou sua testa
— não precisa mais chorar, eu tô aqui pra te proteger — Ele falou, com os olhos vermelhos de ódio
Após sair do quarto, Dinho começou a preparar a canja. Seus amigos chegaram e Dinho chamou Bento num canto
— A baixinha me contou o que aquele arrombado fez com ela — Dinho cochichou
— E o que você tá pensando em fazer? — ele cochichou de volta
— Eu não posso quebrar a cara dele na padaria, então a gente ia ter que esperar ele sair — Dinho refletiu — prova aqui pra ver se tá gostoso — ele colocou um pouco de caldo na mão do amigo
— caramba, tá gostoso, nem parece que foi você quem fez. Cê tá amarradão na mina mesmo — Bento Disse, lambendo a mão
— Eu tô. Ela tá deixando a minha vida mais leve — Dinho falou, desligando o fogão — Eu vou ver como ela tá e depois a gente vai na padaria ver se ele já saiu
— Tá maluco? Ela não quer que a gente arrume confusão na padaria — Bento protestou
— a gente não vai arrumar confusão na padaria, vamos arrumar fora dela, aí não vai dar ruim pra Vic — Dinho retrucou, enquanto colocava a canja em um prato fundo
Dinho foi até o quarto com o prato em uma bandeja, Victoria, ainda deitada, sorriu quando Dinho se aproximou
— desse jeito eu vou ficar mal acostumada — Ela disse, se sentando
— Abre a boca — Dinho disse, fazendo ela revirar os olhos
— Dinho, eu posso comer sozinha — Ela disse, tentando pegar a colher, mas sendo impedida por Dinho
— Xiii. Olha o aviãozinho, oreia seca — ele disse e ela abriu a boca
— Dinho, tá maravilhoso. Não sabia que você era tão bom na cozinha — ela disse
— Não sou — Dinho respondeu e riu — Agradeça a Dona Célia, ela me explicou tudo o que eu tinha que fazer. Agora se me perguntarem, posso dizer que minha especialidade é canja de galinha. Agora abre a boquinha
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Eu te amodeio, meu pitchulo (mamonas assassinas)
FanficQuando seu destino parecia traçado em Minas Gerais por causa do trabalho do pai, Victoria viu sua vida tomar um rumo inesperado ao completar 21 anos. Decidida a retornar para Guarulhos, sua cidade natal, Victoria enfrenta uma montanha de desafios e...