Capítulo 12

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- Bom dia, Kalland. - E lá estava a personalidade distorcida que eu começava a entender e adorar, essa manhã eu tenho uma Dhellaya dengosa.

- Bom dia, Dell. Se sente bem? - Questiono enquanto ela passa a mão sobre a testa pequena jogando os ondas onduladas castanhas para trás.

- Sim, só não sinto minhas pernas. - Trocou a bosta pela merda e me lançou um sorriso carinhoso, não puder sequer rir, ela realemte achou que fez sentido.

- Está com fome? - Falo sugestivo já colocando a bandeja entre nós na cama.

- Mas eu nem escov- Epa ia resmungando, coloquei o pão em sua mão e depois a cabeça quente, ela se calou e se pôs a comer.

- Caso volte pra lá, quero que traga pra mim um caderno quando voltar. - Disse depois de um tempo.

Engoli em seco.

- Talvez eu não volte. Você sabe que é uma possibilidade, certo? - Cauteloso eu explico, eu odiava aquele inferno mas não podia viver em fantasia, esperando voltar sem sequer saber se é possível era torturante. E saber que ela poderia estar apenas me aguardando, satisfazia e doía.

Seus lábios comprimem, ombros decaem e sinto que falei merda, mas sabia que não tinha feito tal coisa. Então segurei minha vontade de pedir desculpas ou algo assim.

- Eu...sei. - Murmurou, a voz tão resignada e frágil, suspirei derrotado.

- Mas eu trago sim. Caso haja uma volta, você terá o caderno. - Tento soar suave, não sei se fiz direito.

Mas ela sorriu e sua mão veio parar em meu rosto, em uma carícia calorosa que me deixou rendido.

Uma de suas mãos colocou a bandeja sobre a cômoda enquanto ela se aproximou de joelhos sobre a cama pra me tocar melhor.

Inclinei a cabeça pro lado buscando mais contato com sua mão e ela inclinou seu corpo pra frente.

Arregalei os olhos quando ela estava tão próxima que pude sentir o cheiro de maçã e mel do chá que ela acabará de beber, exalando de sua boca.

Boca essa qual eu tinha uma enorme curiosidade e anseio, prendi a respiração involuntariamente.

Quando achei que seus lábios iriam pousar sobre os meus, senti uma carícia suave contra o meu nariz, era o dela. Um beijo de esquimó. Me vi constrangido e paspalho.

Revirando os olhos ignrando toda a desilusao das minahs expectativas, abracei aqueka criatura pela cintura, a girando e deitando ela na cama.

Depois de um grito de surpresa dela e nossas risadas misturadas, encarei ela que estava ao meu lado, meu corpo estava inclinado sobre o seu.

Sua mão subiu e tocou meu rosto de novo, acariciando com zelo.

- O que tem no meu rosto? - Questionei interessado na sua tara.

- É macio, sua pele é listinha e suas pintas... É bonito, seu rosto é bonito. - E novamente ela me deixa curioso.

- O que tem nas minhas pintas, Dhelly? - Interrogo insistente, descendo meu rosto, deixando próximo ao seu.

Sinto o cessar da sua respiração e o leve arregalar de seus olhos diante da minha aproximação.

Seus olhos recaem sobre meus lábios e os dela entreabrem, parecendo um ato inconsciente.

A ponta suave e fresca de seus dedos toca uma área abaixo, bem na curvatura inferior dos meus lábios, aonde havia uma pinta pretinha.

Seus dedos deslizam, suspiro arrepiado com o toque e a tensão que pairou sobre nós.

A absorçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora