XII

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13 Julho de 2004.
Paris, França.

Depois de dois dias incríveis ao lado de Michael e das crianças em Neverland, eu peguei um voo direto para Paris no dia seis. A coletiva de imprensa de "A Pantera Cor de Rosa" foi um sucesso, e os dias seguintes foram uma verdadeira correria: gravações do filme, sessões de fotos, entrevistas e até um jantar de caridade. Paris estava linda como sempre, mas eu mal tive tempo de apreciar a cidade como eu queria.

Agora era 13 de julho, meus últimos dois dias em Paris. Sentada no sofá do apartamento alugado, eu finalmente tinha um momento para respirar. Foi quando meu telefone tocou, e eu sabia que era Michael avisando que estava subindo.

Seria apenas eu e ele durante dois dias na cidade do amor.

Sem pensar duas vezes, corri até a porta e a abri, vendo Michael e seus seguranças atravessando o corredor. A emoção me dominou, e eu corri desesperada até ele, pulando no seu colo e o envolvendo com as pernas.

— Oi, amor... — Ele riu, me segurando firme no colo. — Eu também senti a sua falta.

Inclinei minha cabeça para trás, para olhá-lo melhor. Sorri para ele, e deixei um beijo na sua bochecha antes de descer do seu colo, sem me importar com seus seguranças nos assistindo.

Eu estava morrendo de saudades do meu homem.

Entrelacei nossas mãos, e Michael fez um sinal para os seus seguranças, os dispensando, antes de aceitar ser arrastado por mim até o apartamento no fim do corredor.

Entramos na frente, e ele entrou logo atrás, fechando a porta atrás dele. Antes que ele pudesse pensar, me aproximei dele.

— Eu estava ansiosa tão ansiosa pra te ver. — Confessei feito uma boba apaixonada, prendendo meus dedos na gola do seu blazer.

Sorrindo pra mim, ele aproximou o rosto do meu, parando a milímetros dos meus lábios. Sorri para ele, sabendo o que ele queria, e uni nossas bocas dando um selinho demorado e caloroso.

Sem separar nossos lábios, senti sua língua procurar a minha, e uma de suas mãos segurar meu rosto para encaixar melhor o nosso beijo.

Retribui me apertando no seu corpo e o beijando de volta, passando a minha língua na dele na mesma sincronia e desejo. Não era um beijo sexual, e sim carinhoso e com saudade. Estávamos apenas nos curtindo.

Finalizei o nosso beijo com alguns selinhos, e o puxei até o sofá. Agora sentados, começamos a colocar nossas notícias em dia, como se não tivéssemos nos falado o tempo inteiro, quase todos os dias.

— Como foram seus dias em Paris? — Ele perguntou, curioso.

— Uma loucura. — Respondi, rindo e cruzando minhas pernas. — Mas tudo correu bem. E agora estou tão feliz que você está aqui.

Ele sorriu, acariciando meu joelho.

— Eu também. Esses dias sem você foram intermináveis. — Ele resmungou, chegando mais perto de mim.

Sentir a presença dele ao meu lado, depois de tanta correria e saudade, era reconfortante. Como voltar para casa depois de um dia cheio.

Aproveitamos aquele tempo para conversar sobre tudo o que aconteceu nos últimos dias: as gravações do filme, os eventos que participei, como estavam as crianças.

— Paris e Prince ficaram tão animados quando souberam que eu viria te ver. — Disse ele, sorrindo. — Eles mandaram muitos beijos e abraços para você.

— Ah, eu sinto falta deles. — Respondi, sentindo uma pontada de saudade. — Eles são tão adoráveis. Você tem feito um ótimo trabalho como pai.

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