VIII

1.2K 53 36
                                    



Indico que leiam em um local calmo e tranquilo hahahaha!

- - -

10 Maio de 2004.
Nova York, Nova York.

Os dias foram passando, e agora era maio. Estava em Nova York para as gravações do filme "Pantera Cor de Rosa", imersa em um set incrível, ao lado de pessoas talentosas. Contracenar com elas estava sendo uma experiência incrível para mim.

Já se passava quase um mês desde que vi Michael pessoalmente, naquele estacionamento privado do Madison Square Garden. Desde então, ele esteve distante, mas compreendia seus motivos, mesmo preocupada.

No dia 30 de abril, Michael foi ao tribunal de Santa Maria, onde enfrentou as acusações injustas. Assisti tudo de casa, rezando para que ele ficasse bem diante daquele turbilhão.

Na coletiva de imprensa, Michael agradeceu o apoio de todos com palavras cheias de gratidão:

— Eu gostaria de agradecer meus fãs do mundo todo, por seu amor e apoio, em cada canto do mundo. Meus pais, que tem me apoiado tanto, meu irmão Randy, que tem sido incrível. Eu gostaria de agradecer a comunidade de Santa Maria. Espero que saibam que eu amo muito a comunidade de Santa Maria, essa é a minha comunidade. Eu amo as pessoas. Meus filhos cresceram nessa comunidade, eu sempre os amarei do fundo do meu coração. É por isso que eu me mudei para cá. Muito obrigado. — Ele agradeceu, antes de virar e se afastar do microfone.

Após o emocionante discurso de Michael, seu advogado, Tom Mesereau, tomou a palavra na coletiva de imprensa, encarando as câmeras com determinação.

— Este caso é sobre uma única coisa: é sobre dignidade, integridade, decência, honra, caridade, inocência e a completa vindicação de um ser humano incrível chamado Michael Jackson — Declarou Tom, com firmeza.

Eu assisti tudo atentamente pela televisão, sentindo um misto de admiração e esperança ao ouvir as palavras do advogado de Michael. A voz de Tom Mesereau ressoava como um escudo de proteção, defendendo a inocência de Michael diante das acusações injustas. Era reconfortante ver alguém tão dedicado a lutar por ele.

Enquanto percorria o corredor silencioso do hotel em direção à minha suíte, eu refletia sobre os acontecimentos recentes. O dia no tribunal tinha deixado uma marca na minha mente, mas a conversa reconfortante com Michael no telefone no dia seguinte ajudou a aliviar um pouco minha preocupação. Ele mencionou que estava lidando bem com tudo, cercado pelo apoio amoroso de sua família e filhos, o que me deixou aliviada.

Ao abrir a porta da suíte, um sorriso brotou em meu rosto ao ser recebida pela vista dos altos prédios através da janela aberta. Fechei a porta atrás de mim, depositando a chave no aparador e tirando o casaco, pendurando-o no gancho atrás da porta.

Caminhei até a janela e contemplei a paisagem urbana, me sentindo inspirada. Sempre sonhei secretamente em um dia ter meu próprio apartamento nessa cidade, e acreditava que isso se tornaria realidade, era apenas uma questão de tempo.

Distraída em meus pensamentos, dei um passo para trás e me surpreendi ao notar uma caixa envolta por um laço de cetim vermelho, em cima da cama. Delicadamente desfiz o laço, já imaginando quem poderia ter enviado aquele presente.

Butterflies | EM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora