XXXV - Birthday Gift.

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27 de Setembro de 2016.
Los Angeles, Califórnia.
Jackson's House.
19:36pm

Desço as escadas escutando o silêncio reinando por todo o ambiente. Hoje era o dia das crianças passarem o dia fora de casa. Paris e Bigi estavam na casa de Prince. Blue estava com a minha mãe, o que faz com que a casa fique somente para eu e meu marido.

Desembarquei em Los Angeles durante a manhã  para passar um breve dia com as crianças e o meu marido, que também havia acabado de chegar de Nova York.

— O que é isso? — Digo assim que chego na sala.

— Vinho e Gin. — Michael aponta para as garrafas na mesa de centro. — Também tem alguns petiscos que Kai deixou pronto.

— Você dispensou as meninas? — O encaro surpresa.

— Claro, eu disse que hoje seríamos só nós dois. — Ele ri vindo na minha direção.

— O que planejou para hoje? — Pergunto antes de deixar um selinho em seus lábios.

— Absolutamente nada. — Ele ri escondendo suas mãos no bolso do moletom. — Podemos assistir filmes, comer besteiras e beber bastante vinho. Você melhorou das dores?

— Ah, sim, claro. — Passo minha mão na testa. — Provavelmente são dores de turnê, preciso me lembrar que agora sou uma mulher de trinta e cinco anos.

— Eu sei bem como é. — Ele diz indo até o vinho.

— Nós ainda temos aquele aparelho de karaokê? — Vasculho a sala com o olhar.

— Não! Nem pense nisso. — Ele me encara rapidamente ao encher nossas taças.

— Por favor, vai ser legal. — Digo correndo até o andar de cima.

Entro no escritório de Michael e abro as diversas gavetas de Michael, até que finalmente encontro o aparelho de karaokê. Saio do quarto com o aparelho em mãos e desço de volta para a sala.

— Eu achei que tinha escondido. — Michael ri.

— Você é muito previsível. — Pisco.

Instalo o aparelho de karaokê na televisão e configuro tudo de forma correta. Michael se joga no sofá com sua taça de vinho em mãos enquanto me encara com uma expressão risonha.

— Você vai me ajudar ou não? — Balanço o microfone.

— Jesus! Como você é chata! — Ele brinca se levantando. — Quer que eu te ensine a cantar?

— Ha ha ha. — Forço uma risada. — Ok, vamos lá.

Aperto o botão do controle e logo o nome da música surge na tela. Killing Me Softly de Roberta Fleck.

— Uh, essa eu não canto há anos. Me fez lembrar dos meus irmãos. — Ele sorri sincero.

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