37 | Joalin?

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Sina foi embora semana passada, e eu não sei mais o que fazer da minha vida

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Sina foi embora semana passada, e eu não sei mais o que fazer da minha vida. Morar no apartamento que ela comprou tem sido estranho, sinto a falta dela o tempo todo, mas ainda tenho Joalin e Sabina que estão ficando aqui comigo por um tempo. Estou trabalhando em algumas casas como faxineira, foi a única coisa que encontrei pra fazer enquanto ninguém aceita o meu currículo vazio. nunca fiz faculdade, nunca me interessei por alguma coisa, até porque sempre tive em mente que nunca teria dinheiro pra pagar os estudos. Fazer faxina nas casa é o que tem me ajudado a sobreviver, ganho o básico, as vezes até mais do que deveria, e meus patrões tem sido generosos comigo até então.

É estranho pensar que eu e Sina namoramos agora. Sim, eu aceitei o pedido de namoro dela sem hesitar uma única vez, mas desde que aceitei, venho remoendo na minha cabeça as ameaças que a mãe dela fez no telefone. Sina ainda não conversou com os pais dela sobre nada, ela tem ficado o dia todo na empresa ocupada com os afazeres, sempre me manda fotos com o rosto até um pouco inchado de cansaço, e me sinto mal por tudo isso. Por que as coisas são tão complicadas.

 Pensar que eu namoro uma mulher multimilionária, dona de seu próprio negócio, com um poder aquisitivo altíssimo e poder para influenciar tantas coisas no mundo empresarial me deixa assustada. Eu não sou ninguém perto dela, absolutamente ninguém, e ainda assim ela me escolheu no meio de tudo isso, no meio de tantas pessoas para escolher.

Estou em uma boate no centro da cidade, as meninas quiseram sair para se divertir um pouco e conhecer as boates, mas estou sentada as observando de longe, sorrindo enquanto essas malucas dançam.

Me escoro no balcão e fico observando minhas amigas de longe, notando como se divertem. Elas sempre se divertem, não importa o lugar.

Oi - Um gruninho em inglês me tira do devaneio. Olhando para frente, encontro um rapaz moreno, de olhos bem verdes e apararência limpa, me encarando. Não dou tanta importância de imediato, estou cansada demais para qualquer coisa, mas então ele continua falando ─ Tudo bem?

Como ele sabe que falo inglês? Bom, talvez ele não saiba coisa nenhuma e só seja um gringo perdido no Brasil assim como Sabina e Joalin.

─ Oi.

─ Sozinha?

─ Não, minhas amigas estão bem ali. - Aponto em direção as meninas mas ele não olha pra lá, continua me encarando fixamente ─ Posso te ajudar com alguma coisa?

─ Hum... na verdade, não. Só quero companhia, e pelo jeito você é a única pessoa que me entende neste lugar.

─ Já tentou falar com todo mundo?

─ Não todo mundo, não teria capacidade para isso, mas com a maioria sim... e ninguém me entendeu como você - Ele sorri e esfrega a mão na nuca, parecendo intimidado com meu olhar ─ Posso ficar aqui e te pagar uma bebida?

Bebida? Eu não bebo desde que Sina voltou para Londres, tenho evitado todo tipo de álccol na minha vida para não cometer loucuras em meus ataques de tristeza noturnos. Eu mal tenho conseguido dormir, de verdade, tem sido uma verdadeira tortura andar naquele apartamento imenso e não ter Sina por perto. Eu me sinto perdido naquele lugar, mas resolvi morar ali para dar ao meu pai a necessidade que ele necessita já que é um homem solteiro e tem liberdade de fazer o que bem entende na vida dele. Eu o visito quase todos os dias ao sair do trabalho, e sempre que passo lá, ele tem bolo e coisinhas de café da tarde me esperando na mesa.

Neighbor - SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora