30 | Um Mês

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Sina Deinert está na praia de Copacabana

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Sina Deinert está na praia de Copacabana. Uma das mulheres mais ricas de Londres, se não do mundo, está se jogando na água do mar e rolando na areia como um bebê em sua primeira vinda a praia. Eu acordei mais cedo que ela hoje, fui resolver algumas pendências e logo depois a trouxe até aqui apenas para sair um pouco de casa, meu pai ainda estava dormindo quando saímos, e Sina está gostando do ambiente. Me perdi na quantidade de fotos que tirei dela em menos de duas horas que estamos aqui, mas ela é tão linda, não consigo me conter. Estou aproveitando sua distração para pensar no que está acontecendo na minha vida, e tudo parece tão complicado, que se torna uma bagunça na minha cabeça. 

— Meu Deus, Sina, você está igual um camarão - Resmungo, sentindo sua dor quando ela entra debaixo do guarda-sol e geme de dor ao sentir a areia entrar em contato com seu corpo. Ela está muito  vermelha, aposto que pegou insolação — Vou ter que te levar ao hospital.

— Que? Não... - Ela saltita debaixo do guarda-sol, tentado fugir do contato da areia, se contorcendo toda. Pego minha canga e coloco do meu lado para que ela consiga sentar em paz — Eu tô bem.

— Bem? Você está toda inchada, isso não é normal. 

— Você está brava comigo?

— Por que acha que eu estou brava? Eu não estou brava coisa nenhuma, Sina. Por que você sempre acha que eu estou brava? Por acaso eu tenho cara de...

— Ei - Ela me encara assustada, os olhos arregalados. Respiro fundo, cruzo os braços e volto a olhar o mar — Você está  brava.

— Eu não tô brava! - Aumento o tom de voz, me sentindo extremamente irritada agora. As pessoas começam a olhar na nossa direção por literalmente estarmos gritando em inglês no meio da praia, como se fôssemos loucas. Aliás, só eu estou gritando, nem mesmo eu sei por que estou gritando... de repente eu apenas sinto falta dela, mas não sei mais como agir porque me sinto culpada em aceitar o que temos para sempre. Eu quero ser assumida, não continuar do jeito que estamos, isso está, me matando, porra.  

Sina encolhe os ombros, intimidada.

— Desculpe.

— Por que está se desculpando? - A fuzilo com o olhar, notando as manchas vermelhas e os vergões espalhados em todo o seu corpo, o que me faz murchar um pouco. Eu estou sendo tão idiota com ela — Você não tem que fazer isso.

— Sei lá...só achei que devia. Eu não quero ficar nesse clima com você, vim aqui porque senti saudade, só isso...

— Desculpa Si - Respiro fundo e me aproximo um pouco dela — Desculpa...

— Tudo bem, Yoon.

— Não, não está tudo bem. Eu estou me sentindo rejeitada, entende? Eu quero muito você, Sina... Muito. Eu quero poder comprar uma aliança e colocar no seu dedo de uma vez, mas não posso fazer isso, simplesmente não posso... Isso dói - Minha garganta incha outra vez, e lágrimas ameaçam cair — Eu sinto falta de você todo maldito segundo, mesmo você estando literalmente na minha frente agora, sinto falta de nós...

Neighbor - SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora