Se tem uma coisa que Sina não suporta, é barulho. Ela sempre adorou a monotonia em sua vida, toda sua rotina sempre foi resumida a: trabalho, estudo e silêncio, m-u-i-t-o silêncio. Ela só não esperava que, com a chegada de uma nova garota a casa ao...
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Sina finalmente comprou as passagens para vir. Ela não me contou que dia exatamente irá chegar, mas me disse que as passagens foram compradas e estou absurdamente ansiosa por isto desde que recebi a mensagem.
Joalin me fez companhia o dia todo no trabalho hoje enquanto Sabina terminava alguns assuntos pendentes no apartamento em seu computador. Foi bom ter a companhia da Joalin, ela me ajudou bastante com o serviço e não hesitou em momento nenhum, ficou super de boa e até me levou pra comer no meu horário de almoço. Eu não costumo comer no horário de almoço, a menos quando levo minha própria marmita e não tenho que gastar dinheiro com comidas caras. O dinheiro uso pra pagar as contas e comprar coisas necessárias... quero que a Sina chegue e esteja tudo em ordem no apartamento dela.
─ Olha que lindo - Joalin vira a panela de lado, mostrando-me o macarrão com queijo que ela está preparando para o jantar. Sorrio
─ Parece muito bom - me escoro na parede, exausta. Eu só queria uma hora de massagem no corpo e depois no mínimo dez horas de sono na cama maravilhosa do quarto. Sina tem bom gosto, e é claro que muito dinheiro também.
─ Cansada?
─ Não sabe o quanto.
Sabina gruda atrás da Joalin por trás, abraçando-a como um bichinho. Joalin quase some nos braços da Sabina, ela é bem pequena.
─ Eu pensei em ir naquele restaurante que vimos ontem - Sabina diz, sorrindo para Joalin que até encolhe os ombros já que está literalmente preparando o jantar para nós duas ─ Podíamos ir, né?
─ Eu acabei de...
─ Pode ir vocês duas, eu fico e usufruo do macarrão - Ocupo o lugar da Joalin no fogão e as empurro com o quadril para o lado ─ Vão se divertir, senhoritas. Vocês ainda não saíram sozinhas, podem ir, eu não vou morrer por ficar sozinha.
─ Você também pode ir, Yoon... - Sabina tenta, mas balanço a cabeça e desligo o fogão quando o ponto do macarrão parece bom o bastante ─ É sério, não é um encontro, já passamos dessa fase.
─ Eu não quero sair, Sabi - Pego um dos pratos que ela deixou na mesa e me sirvo com duas colheres do macarrão ─ Sério, vão longo antes que eu chute vocês daqui.
Elas saem rindo, me deixando a sós com o silêncio. Não quero sair pra comer por dois motivos; o primeiro porque o restaurante que elas viram é um dos mais caros daqui, e segundo porque estou morta de cansaço e só quero deitar e dormir. Sento-me no cantinho da mesa e encosto a cabeça na parede, me sentindo estranha. Faz tanto tempo que não como direito que quando meu estômago recebe comida ele estranha.
Dou algumas garfadas sem muita vontade, porque embora a comida esteja maravilhosa, não estou com muita fome e o cansaço está falando mais alto que tudo. Hoje trabalhei como gente grande, limpei desde as linhas se separação entre os pisos até o parafuso dos armários.
