22 | Amor

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— Oi - Paraliso ao escutar uma voz masculina diferente dentro da minha sala, sendo que não autorizei ninguém além de Heyoon Jeong a subir

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— Oi - Paraliso ao escutar uma voz masculina diferente dentro da minha sala, sendo que não autorizei ninguém além de Heyoon Jeong a subir. Viro-me lentamente, notando um cara alto e muito bem arrumado parado perto da porta, mas quando penso em gritar, minha mente me lembra de que ele é justamente o cara que minha mãe queria me apresentar no dia que fui até a casa dela. Resmungo baixinho, irritada por isso, porque sei que foram meus pais que o mandaram até aqui sem a minha autorização — Eu sei que é confuso ver um cara na sua sala do nada, mas seus pais me deram permissão para subir até aqui e conversar com você... eu quero muito te convidar para almoçar comigo.

— Ah...

Heyoon já deve estar chegando aqui, tenho certeza que assim que ela entrar na sala a merda vai ser grande. Heyoon é ainda mais ciumenta do que eu. Fico parada atrás da minha mesa, me mantendo distante do cidadão.

— É apenas um almoço, não quero que se sinta pressionada por isso. Podemos ir a um restaurante de sua preferência, mas seus pais me adiantaram que você gosta bastante de um alemão não muito longe daqui, certo?

— Sim, mas...

— Eu vou reservar uma mesa para nós, então. Você precisa se alimentar, aposto que está aqui desde cedo e ainda não se alimentou direito, né? Mas eu vou te levar.

— Não precisa, eu tenho muita coisa pra fazer hoje. Minha agenda está cheia de reuniões.

— Não pode passar o dia todo sem comer, Sina.

— Não vou passar o dia todo, posso pedir para minha assistente buscar algo rápido.

— Eu insisto, vamos almoçar, eu já pedi para meu assistente reservar a mesa naquele restaurante! Não precisa se preocupar com nada.

Ele sorri graciosamente, mas não me atento nisso, minha atenção é inteira direcionada a uma criatura de um metro e cinquenta e cinco me fuzilando assim que entra na sala sem ao menos bater na porta. Paraliso quando a vejo carregar um buquê maravilhoso de rosas, e meu coração se parte em micropedaços quando ela encara o rapaz que já não lembro o nome e repara o sorriso que ele carrega no rosto. Heyoon lentamente abaixa o buquê, parecendo levemente constrangida com a situação, mas ainda sim faz questão de deixar o rapaz desconfortável com sua presença marcante, encarando-o como quem poderia facilmente matá-lo com um chute.

— Ah... tudo bem, eu volto para te buscar na hora do almoço então, Sina! Vou indo - Ele aponta para fora e sai da sala logo em seguida, deixando-me a sós com Heyoon. Engulo o mar de saliva que se forma na minha boca quando ela deixa o buquê cair no chão, e então vem andando na minha direção em passos tortuosos, me deixando louca. Olho através de seu ombro onde o buquê está caído, tenho vontade de sorrir em pensar que ela comprou isso pra mim. Eu preciso aprender a ser um pouco mais como ela, até porque em todos os meus antigos relacionamentos eu nunca precisei demonstrar esse tipo de afeto direto, quem costumava fazer isso eram os homens, e agora estou em uma posição onde eu também preciso ter esse tipo de demonstração, mas ainda estou aprendendo a ser assim.

Neighbor - SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora