• 17

7 0 0
                                    

O Debauchery é bem diferente do que havia imaginado. Depois que conseguimos entrar apresentando o folheto, vemos que o local é extremamente sofisticado.

A atmosfera do lugar era algo sensual e elegante. O lugar era completamente escuro e as luzes que iluminavam as paredes eram vermelhas. Havia algumas poltronas espalhada pelo salão e algumas mesas iluminadas com leds brancos completavam o lugar. Nada parecido com um porão sujo que tinha em mente.

Vejo um bar grande com luzes verdes  e aponto na direção dele, chamando a atenção de Amber.

- Vamos pegar uma bebida. - digo.

- Se esse lugar for como a maioria dos clubes de BDSM, você não encontrará álcool aqui. - ignorando os conselhos de Amber, puxo ela até o bar e, de fato, eles oferecem uma grande variedade de bebidas não alcoólicas. - Faz parte das regras do clube. - Amber volta a falar convencida. - Já pensou ser chicoteada por um sádico depois de doze dose de tequila?

- Ai... - um gemido espontâneo escapa por meus lábios, fazendo Amber rir. 

Nossa conversa fascinante é interrompida por um cara assustador que se aproxima de Amber. O homem era bem alto, cabelos loiros penteados com um excesso de gel e um olhar sério e depravado.

- Ei... - seu tom de voz era grave.

- Vaza daqui, Nolan. - Amber mal olha para o homem que a observa sem desviar o olhar.

- Meu nome não é Nolan. É Henry.

- Não ligo, amigo. Agora pode ir. - responde rispidamente, alterando seu tom de voz.

- Quer pegar um quarto? - o homem insiste mais uma vez.

- Você é surdo por acaso? 

- Você é esquentadinha. Gosto disso. - o olhar depravado surge novamente na feição do homem. - Você obviamente é uma dominadora.

Observo aquela cena sem me intrometer, preciso manter o meu papel de "escrava" de Amber. Mas aquele homem era muito insistente. Nem Amber com toda sua delicadeza ignorante está conseguindo se livrar dele.

E apesar de precisar me manter no papel, preciso ajudar Amber com isso pra conseguirmos focar no que realmente viemos fazer aqui.

- Está dando em cima da minha senhora? - faço um beicinho pelo incomodo, bancando a submissa ciumenta.

- Sua senhora? - ele responde parecendo notar minha presença pela primeira vez. - Grupal? - mas pela sua reação é como se tivesse ganhado na loteria.

- Cai fora! - digo perdendo completamente a paciência, fazendo alguns clientes vestidos elegantemente olharem na minha direção. 

- Beleza! Nossa! Qual é o seu problema?

Henry foge como um rato abandonando um navio que está afundando. Então ouço um "Boa, garota!" de algum lugar entre os convidados. E pelo que parece, o Henry não incomoda só nós.

- Obrigada por me ajudar. - Amber fala aliviada. - Você é a melhor submissa que uma dominadora pode ter.

Antes que possa responder, nossa paz dura pouco. E vejo um tumulto na entrada, chamando nossa atenção. Aparentemente tem um cliente difícil na porta da frente e minha intuição me incentiva a ir olhar. 

- Vamos? - digo.

- Você primeiro.

À medida que se nos aproximamos da entrada do clube, a voz do cliente soa estranhamente familiar para mim. Ele discute com o segurança, que parece irritado avisando que sem o convite não tem possibilidade de entrada. Assim que consigo ver o tumulto, dou um passo para trás. Quem está brigando com o segurança é o Philip Dyer.

A Espiã - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora