Dezesseis

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Dois meses depois

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Dois meses depois

Quando meus pés tocam o chão, sinto meu coração acelerado e meus músculos doloridos, além de sentir o tecido fino de minhas roupas que grudaram em minha pele por causa de todo o suor que acumulei em meu ensaio.

A dança sempre foi uma válvula de escape para mim.

Ainda me lembro da primeira vez que entrei numa sala de balé. Eu sentia meu coração em minha garganta, e um frio absurdo em meu estômago. Ainda me lembro do sorriso que minha mãe me deu ao me ver dançando pela primeira vez.

Ela dizia que eu seria uma bailarina de muito sucesso.

Mas, bem, a vida aconteceu.

Agora, aqui estou eu, em uma boate, ensaiando para ficar nua na frente de várias pessoas desconhecidas, que jogam seu dinheiro aos meus pés e gastam mais um tanto com bebidas e petiscos.

Bom... o conceito de sucesso pode ser variável, não é?

Depois daquela noite, quando soube do noivado de Christopher, depois de tomar um banho, encontrei o panfleto que Tayla havia me entregado dias antes e resolvi ligar no número que ofereceram como contato.

Eu não tinha tempo para me lamentar.

Trabalhar como dançarina fixa em uma boate não era exatamente o que eu sonhava, mas a remuneração seria suficiente para eu pagar a dívida do meu pai com a Família Wayne mais rápido e, finalmente, me libertar de Christopher e esta confusão que ele representa para mim.

Ainda me lembro da primeira vez que entrei neste lugar, para a entrevista com Natasha, a sócia-proprietária da boate:

A boate onde eu faria a entrevista se chamava "La Lune". Era um lugar sofisticado, com luzes néon e uma atmosfera que exalava luxo e mistério. Quando entrei, fui recebida por Natasha Vaz, a sócia-proprietária da boate.

Natasha era uma mulher de presença marcante, com cabelos negros e olhos penetrantes que pareciam enxergar através de mim.

— Robyn, certo? — Natasha perguntou, seu olhar avaliador percorrendo-me dos pés à cabeça.

— Sim, sou eu. — respondi, tentando manter a calma.

Ela me conduziu até seu escritório, um lugar elegantemente decorado com móveis de couro e paredes adornadas com fotografias de momentos icônicos da boate.

Sentamo-nos em cadeiras confortáveis, e Natasha foi direta ao ponto.

— Então, a boate é propriedade minha e de meu irmão, Maxwell. — ela começou. — Nosso grupo de meninas estava completo, mas uma delas se apaixonou e resolveu se casar. — explicou. — Por isso, precisamos substituí-la com urgência.

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