Cinquenta e Um

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O sol estava se pondo maravilhosamente quando o carro em que Christopher e eu estávamos estacionou na área privada do aeroporto

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O sol estava se pondo maravilhosamente quando o carro em que Christopher e eu estávamos estacionou na área privada do aeroporto. A luz âmbar dos últimos raios de sol refletia na lataria preta dos veículos ao redor, pintando o cenário com um brilho cálido, quase onírico.

Aquele momento parecia ter sido tirado de um sonho. O aeroporto estava em silêncio absoluto, como se o mundo inteiro estivesse esperando para ver o próximo passo que daríamos.

Christopher, ao meu lado, acariciava minha mão suavemente com o polegar, seu toque firme e ao mesmo tempo delicado, como se quisesse acalmar minhas preocupações.

Eu sabia que, mesmo ali, ele nunca baixava a guarda. Suas costas estavam eretas, o maxilar levemente tenso, e os olhos — sempre atentos — varriam o local, analisando cada movimento de seus homens e cada sombra projetada no asfalto da pista.

Os outros dois carros que nos acompanhavam se mantinham em posição, com os homens de Christopher saindo rapidamente para checar o perímetro e garantir que não houvesse nenhuma ameaça ou surpresa desagradável.

O som abafado das portas dos carros fechando ecoou pelo ar vazio. Eu observei em silêncio enquanto eles se moviam com uma precisão quase militar, organizando-se para cobrir todas as entradas e saídas.

A disciplina e o treinamento eram palpáveis, e, mesmo com a tensão no ar, havia uma calma familiar. Christopher comandava seus homens sem precisar de palavras — um simples olhar, um gesto sutil de mão, e eles já sabiam exatamente o que fazer. Era uma dança que eu já havia testemunhado muitas vezes, mas ainda assim me deixava admirada. Ele era a combinação perfeita de poder e controle.

Quando a segurança foi finalmente estabelecida, Christopher relaxou levemente, os músculos antes rígidos suavizando um pouco. Mas ele não soltou minha mão. Em vez disso, virou-se para mim, e nossos olhares se encontraram.

Nossas mãos ainda estavam entrelaçadas, e ele apertou a minha suavemente antes de erguê-la com delicadeza e deixar um beijo longo no dorso. Seus olhos azuis, intensos e profundos, brilhavam como safiras sob a luz dourada do entardecer.

— Você tem certeza de que podemos ir? — perguntei, sem conseguir esconder minha apreensão. O medo e a excitação se misturavam dentro de mim como uma corrente elétrica incontrolável. — Não deveríamos esperar um pouco mais?

O loiro, que estava usando um boné — algo raro de se ver —, ergueu nossas mãos um pouco mais e repetiu o gesto, beijando minha mão novamente.

Em seguida, com o braço que mantinha ao redor da minha cintura, puxou-me para mais perto, fazendo meu corpo encontrar o dele. A proximidade fez meu coração bater descompassado, e eu tive que lutar contra o impulso de fechar os olhos e me perder naquele toque.

— Eu não quero esperar, Robyn. — Sua voz era firme, mas havia um calor nela, uma urgência velada. — Você é minha esposa, e eu sou presidente da Cúpula agora. — Ele disse com uma autoridade que eu nunca cansava de ouvir. Era como se ele estivesse reafirmando aquilo tanto para si mesmo quanto para mim. — E irei viajar com você, que é minha esposa.

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