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Ofegante, Sarah ficou de pé diante dela completamente nua. Juliette não perdeu tempo: agachou-se a sua frente e, sem aviso, guiou a boca e a língua sedenta para o meio das pernas de Sarah.

Sarah fechou os olhos com um gemido. Estava acostumada com sexo. Já havia desfrutado muitas mulheres e de todas as formas possíveis... Mas nunca fora levada àquele estágio de excitação antes. Conforme a mão de Juliette a segurou pelas nádegas, e ela afundou mais a cabeça, Sarah não teve certeza de que conseguiria se conter.

Apertou mais os olhos e correu os dedos pelos cabelos longos e sedosos enquanto, pouco a pouco, os movimentos de ambas aumentavam de ritmo até que ela chegou perto demais do ponto crucial.

— Estou gostando do que está fazendo comigo! — gemeu, com dificuldade. — Na verdade, estou gostando até demais!

Juliette a fitou com olhos embaçados pelo prazer e um sorriso que era puro pecado. Conforme ela se deitou, Sarah a agarrou pelas laterais da calcinha e agradeceu em silêncio quando ela ergueu as pernas de modo a ajudá-la a se livrar da peça. Juliette estendeu os braços para ela, então, e Sarah se posicionou entre os joelhos dobrados e abertos, entrelaçando suas pernas. Segurando-a pelas coxas, Andrade se deliciou com a visão dela, sentindo a maré dentro dela subir cada vez mais.

Uma vez ansiosa, segurou-a pela parte de trás do pescoço e a beijou com volúpia ao mesmo tempo em que unia as carnes meladas uma a outra. Esforçou-se para rebolar lento e ditar o ritmo; porém, a forma como Juliette a beijou de volta, tão faminta e profundamente, fez pouco para impedi-la de chegar ao limiar do prazer.

— Deus, senti tanto sua falta! — Sarah murmurou, contra a boca úmida.

— Pensei que você não fosse ligar nunca!

— Fui uma idiota por esperar tanto tempo!

Juliette sorriu de encontro aos seus lábios.

— O convite chegou dois dias depois de eu ter voltado.

— Foi como eu disse. — Sarah mordeu seu lábio inferior. — Tempo demais!

Quando ela agarrou seus quadris e enroscou ainda mais as pernas forçando a fricção, o contato, todos os pensamentos de Sarah, cada fibra de seu corpo, foram reduzidos a zero, transformando-se em uma única sensação escaldante. Ela se sentiu em chamas, por dentro e por fora, e, conforme aumentou o ritmo, Juliette a fez saber, com seus suspiros e movimentos, que também já estava quase lá.

Aquele calor era bom demais. Aquela boca mordiscando a sua era de enlouquecer!

Juliette começou a tremer e se agarrar mais a ela, e a mente de Sarah se esvaziou por completo. Foi como se o mundo entrasse em colapso ao redor. E, naquele fragmento estelar e preciso de tempo, Sarah soube: se ela se apaixonasse, iria querer se sentir exatamente daquela maneira.

— Amei sua família.

Elas estavam deitadas em silêncio, apreciando o crepúsculo do amor que haviam feito, enquanto Juliette desenhava, sem rumo, na barriga lisinha de Sarah. O apito ocasional e distante de um navio e a carícia de galhos antigos no telhado eram ainda mais tranquilizadores.

Mas ela gostara tanto daquela noite que não podia deixar de falar.

— Não se sentiu deslocada? — perguntou Sarah.

— Talvez um pouco, mas de uma forma agradável. Sarah... se não se importa de eu perguntar... Como Christian perdeu o braço?

— Um carro o atropelou na bicicleta quando ele tinha 12 anos. Seu braço direito ficou preso sob o pneu, e os principais nervos foram atingidos. Christian perdeu todos os movimentos do membro. Ainda tem o braço, mas não consegue usá-lo.

Mães Por Um Tempo  》Sariette || ADPOnde histórias criam vida. Descubra agora