Deuxième. - Aldeia, voltei.

226 19 39
                                    

Segundou e era dia de Aldeia o que também representa, dia de volta.

Me encontro ansiosa, andando de um lado para o outro e tagarelando sem parar.

- Meu Deus, fica calma! - a garota se encontrava em frente ao espelho terminando de passar seu rímel

- Se eu conseguisse eu não tava' assim, odeio ficar assim odeio. - sentei no puff ao lado da garota

- Não é nada de outro mundo, você já foi lá trocentas vezes.

Nina usava um vestido preto tomara que caia cheio de babadinhos na ponta, um salto da YSL preto, uma bolsa da mesma marca e acessórios prateados.

Eu estava semi pronta, usava uma calça da Nike azul, uma blusa do Brasil personalizada, um casaco corta-vento da Nike e uma Crocs preta cheia de jibbitz relacionados a minha carreira ou conquistas pessoais. Para eu ficar pronta faltava apenas o baby hair.

- Hum, que bonitinha que minha amiga tá. Nem parece uma mendiga dentro de casa. - brincou

- Conforto minha filha, conforto.

No fundo tocava uma música do Sain, Iori incorporado. Que música maravilhosa.

- Que meus advogados não falhem, que meus pecado sejam perdoados. - cantamos ao mesmo tempo

- Saudades do meu padrinho. - choraminguei

É, meu padrinho é o Marcelo D2. Não posso afirmar que ele foi um dos motivos para termos mudado para o Rio, mas garanto que ele incentivou muito os meus pais.

Peguei minha bolsa e fui ligando para o Kant, avisando que logo passaria na casa dele.

Marina já havia ido embora com o carro tinha parado do outro lado da rua.

- Óia, o homi tá parecendo uma Electrolux duas portas. Tá tomando bomba? - ele riu

- Carro de bandido esse daí. - gritou do outro lado da rua enquanto corria para atravessar

- Pensa rápido e segura! - gritei e joguei a chave do carro no peito do homem, que se assustou mas pegou - você dirige hoje. - abri a outra porta

Antes de entrar no carro o homem veio até mim e me abraçou.

- Finalmente, né? Achei que você ia ficar igual o Leozin. - entrou no carro e deu partida

- Cala boca, ele é um caso perdido. - comentei

- Inclusive falei com ele hoje. - comentei e ele fez uma cara de curioso - ele viu minha live de "volta" e me desejou boa sorte e essas coisas, ficamos conversando por bastante tempo até.

- Pô que dahora! Ele sumiu e algumas vezes me chama no whats.

- Me atualize sobre a cena, o que eu preciso saber. Quem parou, quem continuou, os novos mc's, o que o público tá gostando. - perguntei ansiosa

- Ah, mudou muito. Já se prepara que cê vai tomar um choque de realidade, muitos pararam outros continu-

- Quem ainda tá? - interrompi

- O Tavin, Apollo, muito raramente o Thiago. Deixa eu ver quem mais. - parou - Ah! O Bigão, Zuluzão, o Jaya as vezes cola, o Guinho ainda tenta, o Noventa vai em evento grande igual o Krawk.

- Tendi, nova geração é boa?

- Depende do que você considera bom. - riu - Mas tem uns moleques que vem forte.

- Pô, carro brabão esse. Da onde saiu isso? - ele se referiu ao meu Opala Diplomata de 92, realmente um carro relíquia

- Comprei num leilão e mandei reformar inteirinho, agora não bebe tanta gasolina.

RETALHOS - BaskOnde histórias criam vida. Descubra agora