Kẹfa. - Família.

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RIO DE JANEIRO, RJ. - Quinta-feira.

Mandei mensagem para Fael na quarta confirmando se ele iria comigo de volta pra cá, o mesmo respondeu que sim e realmente voltou comigo.

Tínhamos acabado de desembarcar do jatinho, pois é, eu tenho um jatinho particular. Comprei ele em 2020 durante minha turnê de shows, no total ele cabe vinte pessoas tirando o piloto e o copiloto.

Pedimos um uber até o Catete, onde se localizava o meu apartamento e Fael até o Catarina, nos despedimos e entrei no carro.

- Não achei que nóis' ia voltar aqui tão cedo. Mó brisa. - comentei

- É, pois é. - Marina respondeu de forma vaga e não era o primeiro dia que ela estava assim

Não comentei mais nada e mantive o silêncio que ela insistia em fazer.

Chegamos ao apartamento, cumprimentei o porteiro e subimos. Levamos poucas coisas pois havia mais roupas no local e ficaríamos poucos dias.

Depois de tudo arrumado, fui organizar algumas coisas do Ruger, sim ele veio comigo e amou viajar de jatinho, se comportou e ficou brincando com uns brinquedinhos dentro do veículo.

- Vai querer ir comigo nos meus pais?

- Huhum, só vou pegar o Ruger e a gente vai.

Peguei a chave da moto, pendurei no pescoço, calcei meu tênis e coloquei a mochila nas costas. Marina pegou nosso cachorro no colo e descemos no elevador.

Meus pais moram em Santa Teresa desde a época em que mudamos pro Rio, só mudaram de residência. É um lugar relativamente fácil de acessar, ainda mais de moto.

Pedi para o porteiro do prédio deles abrir a garagem para que eu pudesse deixar a moto lá dentro, tinha esquecido de levar o cadeado e tenho medo de deixar ela pro lado de fora ainda mais sendo nova.

Entramos no elevador e interfonei para o porteiro, pedi que ele não ligasse ou avisasse nada ao meus pais pois seria surpresa. Eles achavam que eu ia chegar sexta de madrugada.

Quando chegamos no andar do apartamento pude ouvir burburinhos e barulho de TV, toquei a campainha e escutei um silêncio. Minha mãe abriu a porta desacreditada e logo em seguida sorriu.

- Nem acredito que vocês chegaram! - me abraçou fortemente - Estava com saudade, meus amores. - abraçou Marina - Benzão, olha quem tá aqui. Ué, quem é esse? - apontou para o cachorro

- Novo membro da família! Ruger, um vira latinha fofo né?

Meu pai saiu da cozinha enxugando a mão num pano de prato e arregalou os olhos depois sorriu abertamente.

- Minhas amoras! - esse é o apelido que ele se refere a nós duas desde sempre - Venham cá! - minha mãe nos deu passagem para passar

- Bença mãe, Bença pai. - Marina fez o mesmo e eu abracei meu pai - Ó seu neto. - levantei Ruger do meu colo

- Meu netinho de quatro patas. - meu pai brincou

Seu Gerson era uma das pessoas mais de boa com a vida, pra ele tudo tá bom e tá ótimo, deve ser por isso que ele se dá bem com minha mãe pois são completamente opostos.

- Salve família linda! Saudade de vocês, cotinha que nóis não se vê. - tirei meu tênis perto do hall e coloquei a Kenner que tava na mochila

Passei pelo sofá e adentrei a sala, pude ver meus sobrinhos brincando no corredor e meus irmãos sentados no sofá e no tapete.

- Oi buchuda! - Mirella levantou do sofá, me abraçou e deu um beijo no rosto - Baita buchinho hein, tá linda. - agachei e beijei sua barriga - Oioi amor da titia, cê é tão lindo.

RETALHOS - BaskOnde histórias criam vida. Descubra agora