Passei em casa novamente e troquei de roupa, dessa vez por uma calça baggy cinza chumbo e uma blusa do Corinthians preta com o meu vulgo atrás, troquei alguns acessórios e mantive a minha Crocs.
Eu conseguia escutar a música, as risadas, os gritos e os burburinhos um pouco longe. Assim que cheguei na mansão da Aldeia toquei a campainha e quem atendeu foi o Bob
- Eai pirralha, entra e fica a vontade. Ali tão as bebidas. - apontou para um balcão - Espero que você se enturme, essa geração é mais sociável do que a sua.
- Oi careco, eu tô vendo que a coisa tá animada mesmo. - sorri gentilmente - Essa pode até ser boa mas nunca vai superar a minha. - ele gargalhou e me deu espaço para entrar
Nesse momento eu estava sentada no sofá com um copo de whisky e gelo de coco conversando com o Guri, o moleque é um querido, super entendido das coisas e sabe conversar. Nesse momento estávamos num papo mega profundo sobre nossas vidas. Era raro eu contar tanto sobre minha vida para alguém mas não sei o que aconteceu que vi tanta segurança em alguém, talvez a bebida já tenha começado seu serviço.
Guri ou melhor João Lucas como ele havia me dito era uma das pessoas mais inteligentes que já vi, ficamos bastante tempo conversando sobre filmes, histórias do mundo e essas coisas que só nerd gosta.
- Eu nasci em São Paulo mesmo, mas um ano depois fui pro interior e voltei pra cá novamente logo em seguida pro Rio. - Contei um pouco da minha história
- Então quer dizer que a senhorita já foi da terra do pé vermeio? Aí eu gostei. - eu ri e dei um gole no whisky
- Pra você ver, eu já fui de tudo um pouquin', mó loucura - fui interrompida por uma ligação no meu celular pessoal - Guri, vou rapidinho atender a ligação e já volto tá? Não sai daí - ele sorriu em forma de consentimento e eu me levantei rapidamente do sofá, apenas levando meu copo junto
Fui até uma área afastada para que eu pudesse escutar com mais clareza a ligação, era uma espécie de jardim. Me sentei e coloquei no viva-voz, ia começar a bolar um pra mim.
- Eai ruano, tá me ligando porque? - era o Sain do outro lado da linha, um dos meus melhores amigos da vida
- Fala aí bebelzinha, ó se liga, sexta às nove e meia na casa do pai, churrasquin da família. - não respondi nada continuei bolando
- É pra trazer a Marina, viu? Senhor Marcelo que mandou chamar.
- Vocês sabem que eu tô em São Paulo, né? E outra se é churrasco de família eu vou fazer o que aí?
- Foda - se? - ele falou e eu gargalhei - Já avisei seus irmãos, reunião de família!
Eu e Stephan temos uma diferença de idade de dez anos, não sei se é por que gostamos das mesmas coisas ou só porque o santo bateu mesmo.
- Ai tá bom, vou ver o que eu faço. Tentar convencer a Marina a ir também.
- E como que tá as paradas por aí? Eu tinha falado pra tu ficar aqui.
- Tá tudo maravilhoso, você sabe que eu queria voltar. - ele resmungou dizendo que eu era mais carioca do que paulista e eu dei uma risada sem graça
- Bom, recado dado e fica na paz aí. Manda um abraço pra Nina.
- Tá bom ruaninho, tá bom. Fica na paz você também, amo você manda beijo pra todo mundo daí.
Depois de uns cinco minutos sinto algo atrás de mim, mas decido ignorar.
- Fala ae Aya. - uma voz muito muito conhecida surge atrás de mim. Fael

VOCÊ ESTÁ LENDO
RETALHOS - Bask
FanfictionApós um longo tempo focada em sua carreira musical, Ayanna ou melhor, Kieza mc decide retornar às suas origens, as batalhas de rima. Entre velhos e novos conhecidos um em específico a chamou atenção, Jorge Bask. "Acho que minha vida é isso... 'uma...