Heftem. - Família canábica.

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⚠️ toda a discografia da personagem é totalmente fictícia! Nada e nem nenhuma obra é realista ou condiz com a estória.

Sentia meu corpo mole, meus ombros tensos e doloridos assim como o resto do meu corpo inteiro. Resultado de uma noite com a minha família.

Marina tinha melhorado seu humor, ainda não havia entendido o que tinha acontecido mas não quis invadir o espaço pessoal dela. De manhã quase hora do almoço nós fomos na casa de seus pais, seu Evanir e a dona Glória, dois queridos que me adotaram como filha deles. O irmão de Nina também estava lá, Richard o nome dele, ele é bem legal e tem só dezoito aninhos recém completados, ele faz faculdade de engenharia civil.

Passamos a manhã até um pouco mais da hora do almoço lá, apenas fomos embora para podermos nos arrumar e dar tempo de ir até a casa do Marcelo.

Eu vestia uma camiseta de modelo Polo preta, um shorts alfaiataria e um tênis da Nike azul com preto, os acessórios eram algumas dedeiras e minhas correntes, estava bem inspirada no dia.

Nina usava um vestido azul bebê larguinho, com uma vibe bem princesa, tinha nos pés uma rasteirinha branca com algumas pedrinhas em prata.

Fomos com a moto e ela foi dirigindo, eu estava muito dolorida para fazer qualquer coisa no dia. Toquei a campainha e Luiza atendeu sorridente.

- Oi princesas, se acheguem que já tá geral aqui. - nós a cumprimentamos e entramos

Conforme coloquei o pé dentro da casa o cheiro de maconha veio, algo que não era de se impressionar já que todos da família do meu padrinho fumavam e eu sou a única da minha que fumo.

Já me disseram que desde sempre eu deveria ser artista pois entre quatro irmãos eu sou a única com um padrinho famoso e músico. Realmente a influência foi gigantesca e agradeço muito por isso.

A grande maioria estava sentado em volta da mesa principal no quintal e as crianças eu ainda não tinha visto.

- Opa, quem é você? Nem te conheço. - meu padrinho comentou num tom debochado e brincalhão fazendo todos que estavam de costas olhar para nós

Ele se levantou, deixou o baseado no cinzeiro e caminhou para nos abraçar.

- Tá cheio de gracinha, né seu Peixoto?- ele fez uma cara engraçada e abraçou Nina

Sain não estava no local apenas sua mulher Marina e minha afilhada Giovana.

Cumprimentei a todos e fui olhar onde estava o Stephan.

Vejo ele na sacada da sala com uma latinha de cerveja, um baseado e a blusa pendurada nas costas.

Rio de Janeiro não é pra qualquer um, naquele dia faziam trinta e três graus com sensação térmica de trinta e oito, coisa de maluco.

- Ruano? Tá bem? - falei num tom baixo já que ele não parecia tão alegre

- Ah, eae. - estendeu o braço para que pudesse abraçá-lo

- Qual foi? Tá nessa por quê? - abracei ele e parei ao seu lado me apoiando no para-peito da sacada

- Os bagulho não tão fluindo do jeito que eu quero, vários vacilo acontecendo e o pior que eu nem sou o responsável disso. - desabafou - Aquela porra daquele álbum desgraçado, bagulho do capeta. Negócio não sai nunca! - falou indignado e eu ri baixo

- Calma, respira. Tu nervoso assim não dá em nada, tu só vai arrumar mais caô pra ti. Mas a indústria tá foda mermo, agora o bagulho do momento é o trap. - tentei acalmá-lo

- Pior que o que nóis faz não é valorizado, saca? Eu que ainda sou conhecido como "filho do D2" - fez aspas - tô nessa, imagina os cara do underground.

RETALHOS - BaskOnde histórias criam vida. Descubra agora