Tredicesimu. - Guri.

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Naquele dia nós ainda produzimos mais algumas coisas mas nada que fosse significativo para o complemento do Ep. Depois disso nunca mais vi  Rogério, nem mensagem ele me mandou ou algo assim.

Confesso que fiquei chateada mas depois passou, ele deve ter os motivos dele para não querer conversar agora e eu entendo isso mas quando eu não quiser conversar ela terá que entender também. Não sou vingativa, mas sou rancorosa não sei o que é pior mas fazer o que, né?

Naquela semana eu fiquei vegetando, não saí de casa para nada ainda mais que eu estava sozinha, já que Nina decidiu ficar mais tempo por lá, tirando as atividades da faculdade eu posso afirmar que eu não fiz nada de útil.

O Henrique veio aqui em casa buscar uns móveis que tinham chegado para o novo escritório dele e foi a única pessoa que eu tive contato durante esse tempo.

Mas agora eu preciso voltar infelizmente para um convívio populacional, ou seja fazer prova presencial na faculdade.

- Oi Aurora! - cumprimentei minha colega de sala que sorriu sem mostrar os dentes

Era um inferno fazer prova presencial, sempre recebia muitos olhares interesseiros ou como se fosse de outro planeta e especificamente hoje era prova da matéria que eu menos gostava, antropologia cultural.

Parecia que a hora não passava, justo no dia que eu iria sair para almoçar com Guri. A prova estava totalmente desinteressante, apesar de eu ter estudado por bastante tempo.

Depois de uma hora e meia fazendo a prova deixei ela em cima da mesa do professor e saí porta a fora.

- Finalmente, essa tortura acabou. - murmurei tirando o meu celular do bolso que tinha algumas notificações

                           Guri 🦋

- oioi, já saiu da prova? Como foi lá?

                                      oie, saí agorinha. -
                 sei lá, eu odeio essa matéria. -

- 5 minutos eu tô aí, me espera q eu tô chegando.
*você reagiu com ❤️ a essa mensagem

Eu amo gente pontual e voilà, Guri era um desses. Cada dia que passa ele se supera e ganha pontinhos comigo.

- Guri! - falei um pouco alto - Finalmente um príncipe para resgatar a princesa dessa maldição horrosa. - brinquei abraçando ele

- Eu sou um príncipe? Tô bem na fita então. - riu - Como se você não fosse capaz de se salvar sozinha, né?

- Mas é melhor que os outros ajudem, menos trabalhoso. Tô na preguiça esses dias.

- Percebi, não postou nada, não falou comigo e nem com ninguém. - ele abriu a porta do carro para mim e depois entrou no uber

- Tá muito meu fã. - olhei de lado para ele que riu

- Quando a gente gosta do trabalho de alguém a gente acompanha, não é?

- É, deve ser. - dei de ombros - Juro, minha prova foi um desastre em níveis estratosféricos. - mudei de assunto rapidamente

- Era do quê?

- Antropologia cultural. - revirei os olhos e cruzei os braços - Um cu.

Nós ficamos conversando o caminho todo e eu estava sendo levada para um lugar que nem eu sabia, mas estava confiante.

- Onde a gente tá indo? Vinte minutos no carro já. - falei tediosa

- Respira, mantenha a calma. Tá comigo tá com Deus. - disse brincalhão e eu encostei minha cabeça em seu ombro

RETALHOS - BaskOnde histórias criam vida. Descubra agora