Prólogo

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Primeiramente, dedico este livro a todas as mulheres sonhadoras, de corações feridos e perdidos. Dedico a todas as mulheres que sonharam com o príncipe encantado e, ao entregar seu coração em uma bandeja de prata, perceberam que o "felizes para sempre" não existe, que príncipes encantados não são tão encantados assim e que talvez o vilão só estivesse tentando avisar. Dedico a todas as mulheres que trancaram seus corações, e desejo que suas sombras e segredos não definam quem vocês são, mas que vocês as dominem e definam o que elas são.


Sob a luz pálida da lua cheia

Desenham-se sombras em silêncio mortal,

Segredos guardados na noite fria,

Ecos de um passado sem igual.

Cada sombra esconde um sussurro,

Um mistério envolto em véus de escuridão,

Histórias que nunca foram ditas,

Reflexos de almas em solidão.

Na penumbra, os segredos dançam,

Escondem verdades, revelam ilusões,

Sussurram promessas, tecem esperanças,

Nas teias de medos e paixões.

A escuridão, com seu abraço mudo,

Acolhe todos os mistérios do ser,

Nas sombras, os segredos permanecem,

Em um eterno esconder e esconder.

- E.R 🌸 (Emy Rodrigues) 


A lua cheia pairava alta no céu, lançando um brilho prateado sobre as copas das árvores em Epping Forest. As sombras dançavam ao ritmo do vento suave, sussurrando segredos antigos que apenas a floresta conhecia. Eileen sempre se sentiu atraída por este lugar, como se as árvores guardassem memórias que ela precisava descobrir.

Caminhando pelo caminho de terra, Eileen puxou o casaco mais apertado contra o frio da noite. Seus pensamentos estavam a mil, revirando-se em uma tempestade de lembranças e medos. Ela sabia que voltar para este lugar traria à tona tudo o que havia tentado enterrar – segredos de família, traições, amores perdidos. Mas ela precisava de respostas, e a floresta parecia chamar seu nome, prometendo revelações.

Parando ao lado de um antigo carvalho, Eileen retirou do bolso um diário envelhecido, suas páginas amareladas pelo tempo. Era o diário de sua mãe, encontrado escondido em um baú no sótão. As palavras dentro dele eram um eco de um passado doloroso, repleto de mistérios que envolviam sua família e sua própria identidade.

Ela abriu o diário com mãos trêmulas, a luz da lua iluminando as palavras desbotadas. A primeira entrada datava de mais de vinte anos atrás, descrevendo um amor proibido e um segredo sombrio que prometia destruir tudo o que tocava. Eileen sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao ler, como se a voz de sua mãe sussurrasse do além, alertando-a sobre o perigo.

Enquanto lia, os sussurros da floresta pareceram aumentar, como se as árvores ao seu redor também guardassem esses segredos, compartilhando o peso da verdade. Eileen sabia que não havia mais volta. O que quer que estivesse escondido nas sombras de seu passado, ela precisava enfrentá-lo, mesmo que isso significasse confrontar os próprios demônios.

Com uma determinação renovada, ela fechou o diário e olhou ao redor. A floresta, com toda a sua beleza e mistério, parecia ser o guardião de seus segredos. Eileen deu um passo à frente, pronta para desvendar as sombras e segredos que definiriam seu destino. 

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