Não sou eu

0 0 0
                                    

Nessa escuridão iluminada pelo medo estou
Talvez perdida em quem sou
Uma folha de papel é a resposta, uns números
Ignorada graças a  diagnósticos pútridos

Aquela que paga de outra pessoa para esconder
O rosa que quero, não pode ser usado por mim
Pois uma arma branca é essa máscara de doer
Já o azul é taxado como meu, queria meu jasmim.

Apenas uma letra em um pedaço de papel
Com um nome que aprisiona essa pequena lótus.
De isso sou feita, um amontoado de rótulos
Já que humana sou, a isso não queria ser fiel.

Mesmo que viva num baile decorado com ossos
Ninguém levanta, fale o que falar. "Não sou eu".
Se o anfitrião não for, que se foda, não é dos nossos
Nessa monocromia encontro-me, acende esse breu

Jardim de PalavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora