Repete-se

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Coração palpitante, Oh! Banha-se em medo,
do abismo que consomes aquilo que devoras,
escuridão que pertenço, vozes ecoantes e vazias
cheias de luz e silêncio, mas nada para o coração

Luz que se apaga, lampejos surgem pelo choro
Apaga-se esperança, felicidade? Já se foi!
Aos uivos do vento, horizonte escuro sem luz;
Sem faíscas, apenas luz pelo riso. Oh, foi-se!

Pobre monstro, criatura fora do lugar. Morta!
Pelo veneno que lhe deram, infectam a mente;
Ao que acreditava ser tua salvação, deixada a mercê!
Alma frágil, não és mais tu. Saiu da casca, monstro!

Quem chama-te? Ninguém! Ilusão de tuas cantigas,
Deixa-te levar, a luz abandonar e tudo tomar.
Contamina! Abre o olho, lobotomizada por si mesma.
Tua mente te chama, para onde não há ninguém!

Gota carmesim. Ah! É chuva! Lâmina ferida, tudo cai
Leva-se embora, esvai-se tudo pelo corte próprio
Ferida arde, queimas a pele! Sentimento libertador
Mas o coração acelera, bate e bate: palpitante!

Jardim de PalavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora