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🌟 GATILHO: a fanfic aborda constantemente temas pesados e sensíveis como assédio, se tiver gatilho, só leia se realmente não lhe dizer mal. 🌟

Bradley

Ele está conversando com os amigos dele, dando aquela risada que faz qualquer um querer sorrir também, chega a ser estranho, há alguns meses eu era extremamente invejado nessa faculdade, tinha amigos e esse tipo de coisa, mas depois que o Max e os amigos deles ganharam aqueles jogos, todos começaram a me odiar e as pessoas vêem ele como um ser maravilhoso, incrível e eu me odeio muito por ser uma dessas pessoas.

Por algum motivo ele do nada me olha e sussurra algo com aquele amigo ruivo dele, acho que é o Bobby, desvio o olhar, pego as minhas coisas e vou caminhando para o lado de fora da sala, afinal, as aulas de hoje já acabaram, eu só estava com preguiça de sair, normalmente espero as pessoas saírem primeiro mas se eu for esperar vai demorar muito, deve estar tendo uma fofoca incrível por aí, e eu não vou ficar sabendo já que todos me odeiam, se não duvidar, é sobre mim.

Encosto a porta quando eu saio e noto que as vozes ficam mais altas, eles me odeiam muito, só estavam esperando eu sair para conversarem mais à vontade, não ligo tanto para o que a maioria acha, mas tipo, eu fui um merda com a maioria das pessoas aqui, não é surpresa que me odeiem, isso só acaba sendo inconveniente quando eu preciso de algo e por causa do Max, eu sei que se ele olha para mim é para falar mal, sei que tudo que ele sente por mim é puro ódio, e as pessoas dessa faculdade as vezes parecem que saíram do nono ano, chega dá raiva.

--Bradley Uppercrust III, podemos conversar? --Diz uma das poucas pessoas que não me odeiam, mas pelo tom de voz, creio que tenha mudado de ideia.

--Oi, Marcos, claro! Podemos sim. --Digo com um pouco de receio.

--Beleza, vem cá. --Ele me puxa pelo braço e me leva para dentro de uma cabine do banheiro, sinto que isso aqui vai dar muito errado.

--O que houve? --Pergunto baixo.

--Já pensou em beijar um garoto?

--Que merda é essa, Marcos?

--Sim ou não? --Ele me fita e segura meus ombros.

Talvez, com um certo carinha lá, mas isso não importa.

--Sim... --Tento desviar o olhar.

--Bom saber. --Ele pega meu rosto e me beija.

Tento me soltar, mas não consigo, tento afasta-lo mas ele não permite, me sinto agoniado, preso e sem saída. Meu coração começa a bater mais rápido pelo desespero, eu só quero sair daqui o mais rápido possível.

--Fica quieto! --Ele diz tirando a boca da minha e voltando a me beijar, de novo, contra minha vontade.

Um fato sobre o Marcos, ele é ridículo e musculoso para caralho, mas é feio que dói. Mas a parte da força, está começando a machucar a forma que ele me toca, me sinto nojento, não por beijar um garoto, mas por ele me beijar.

Ouço a porta do banheiro se abrir, mas deixando claro, a do banheiro, não a da cabine.

Marcos tira a boca da minha e tampa ela com a mão dele.

--Fica aqui, se tentar qualquer coisa, eu te quebro. --Ele sussurra para mim e sai da cabine. -- E aí, Max! Tudo certo, cara?

--Oi, Marcos! Tudo ótimo, e contigo, mano? --Diz ele em uma voz não tão animada quanto eu costumo ouvir ele falar.

--Tudo sim.

--Ei, é... --Ouço ele suspirar.-- Viu o Brad?... Quero dizer! Bradley, você viu o Bradley? Queria falar com ele, mas quando fui ver, ele tinha saído da sala já.

--Não vi, acho que está doente.

Mentiroso filho da puta.

--Ah... Certo. Mas, então ele veio hoje por...?

--O Bradley é maluco, liga não. --Ele ri, que ódio.

--Você está meio estranho. --Max o acusa.

--Por que acha isso?

--Vocês não eram amigos? Por que está dizendo esse tipo de coisa?

--Nunca fomos amigos, só suporto ele.

--Ah... Beleza então. Vou indo, só vim lavar as mãos.

--Tranquilo. --Diz e uns segundos depois ouço a porta do banheiro se fechar, Max havia ido embora, poucos segundos depois a da cabine se abre. --São logo daqui, o filho da mãe do Max estragou tudo.

--Certo. --Digo e saio o mais rápido possível do banheiro.

Max estava perto da porta.

--Brad! Estava precisando falar com você!... --Diz com um sorriso mas depois o sorriso some.-- Espera, você não estava doente?

--Ah... Eu... --Suspiro. -- Sim, eu estou.

Não queria ter mentido para ele, mas sei lá, vai que o Marcos faz algo com ele.

--Tem certeza?... O Marcos fez algo? --Ele sussurrou no meu ouvido, senti um arrepio, não sei se devo falar, melhor não.

--Tenho, ele não fez nada não. --Digo nada confiante.

--Se você diz né.

--Mas o que você queria? --Falo sorrindo.

--Vai ter meio que uma festa lá no meu dormitório amanhã à noite, vai ter bebida e gente se pegando. O que acha? --Sorri de canto e me olha de cima a baixo.

--Vou aparecer. --Digo e ele faz um joinha com a mão e depois vai embora, saio rápido também para não ter chances de me esbarrar com o Marcos.

Na verdade, não faço ideia se vou, isso pode dar tanta merda.

Ass: ??? | Maxley * Bradley x MaxOnde histórias criam vida. Descubra agora